A notícia de deflagração
de greve geral dos professores municipais de Imperatriz, anunciada na mídia
pelo presidente do STEEI, Wilas Moraes, causou surpresa, inclusive entre a
própria categoria.
É que o anúncio da
paralisação, feita em primeira mão pelo blog do vereador Carlos Hermes,
correligionário político do presidente do sindicato, aconteceu antes mesmo de a
entidade classista ter apresentado à Prefeitura sua pauta reivindicatória.
Segundo O secretário de
Educação de Imperatriz, Zesiel Ribeiro, geralmente a discussão e a deflagração
de greve só ocorrem depois de, pelo menos, terem sido iniciadas as discussões.
O secretário de Educação
disse ter achado estranha a postura do presidente do sindicato, principalmente
depois da bem sucedida negociação do ano passado, em que os professores
municipais tiveram reajuste e benefícios considerados significativos, bem
superiores aos reajustes que foram praticados nos demais municípios e estados
da federação.
Zesiel lembrou ainda que
sempre dispensou total respeito e cordialidade com a direção do Steei, o que,
na sua avaliação, dispensava tamanho radicalismo.
Para o procurador Geral
do Município de Imperatriz, Dr. Gilson Ramalho, o anúncio de greve antes da
instalação das negociações e da apresentação da proposta da entidade marcham na
contramão, se opondo à inteligência da lei que regulamenta e disciplina o do
direito de resistência dos trabalhadores.
Ramalho enfatizou que a
inversão dos trâmites poderá trazer prejuízo aos servidores já que o anúncio da
greve colide, frontalmente, com o disposto do art. 3º, da Lei 7783/89,
considerada legítima pelo STF para dispor sobre a greve no serviço público. “A
referida lei informa todos os procedimentos necessários e indispensáveis para a
deflagração do movimento paredista. Assim, se estamos na vigência do estado
democrático de direito, vejo que o rito legal deve ser observado”, destacou o
Procurador Geral de Imperatriz.
CET
Outra questão intrigante,
que deve causar grande alvoroço na categoria do magistério, diz respeito a
proposta do presidente do Steei de acabar com a gratificação chamada de CET
(Concessão Especial do Trabalho), concedida aos professores pela Semed.