Programa desenvolvido pela secretaria de saúde
humaniza o atendimento e desafoga o atendimento no Socorrão
Uma das ações do projeto
de humanização da saúde pública no município, o Programa ‘Melhor em Casa’,
implantado pela Secretaria de Saúde (SEMUS), atende pacientes com
dificuldades de locomoção em sua residência, na maioria dos casos pessoas com
idade acima dos 60 anos.
Conforme explica a
Secretária Municipal de Saúde, Conceição Madeira, são quatro pacientes por dia atendidos durante os cinco dias da
semana. “São duas equipes, uma sediada na Vila Nova e outra no Bacuri, são 80
atendimentos semanais, pela manhã e pela tarde”.
De acordo com a
secretária, a cada 100 mil habitantes, constitui-se uma equipe denominada EMAD
– Equipe Multiprofissional de Atendimento Domiciliar e a cada três dessas
equipes formadas, cria-se uma nova equipe chamada EMAP – Equipe
Multiprofissional de Atendimento de Apoio.
Em uma das
visitas, a paciente Leolina Henrique da Silva, de 88 anos, que mora na rua
Piauí, bairro Juçara, vítima de uma lesão de pele causada pela isquemia
(interrupção sangüínea) conhecida como ‘Escaras’, afirmou que os motivos do seu
sucesso em Imperatriz se deve ao compromisso em atender regularmente cada
paciente. “As visitas ocorrem quase todos os dias. Os enfermeiros limpam,
passam pomadas, fazem o curativo. E hoje ela está bem melhor. Eles são uns
anjos”, conta a filha, Maria Iudaci Bezerra, professora.
Como
resultado a secretária informa que o município foi contemplado com um bônus do
Ministério da Saúde no valor R$ 716.200,00, que serão reinvestidos no
melhoramento do próprio programa.
Sobre o
atendimento
Além da humanização, o programa tem o objetivo de reduzir a demanda
por atendimento hospitalar e/ou o período de permanência de usuários
internados, bem como, promover a desinstitucionalização e a ampliação da
autonomia dos usuários. “A atenção domiciliar é destinada a pacientes egressos
dos serviços de urgência e emergência, serviços hospitalares, oriundos da
Atenção Básica e/ou demanda espontânea”, explica um dos profissionais da
equipe.
Conceição Madeira
ressalta que o programa está articulado com as Redes de Atenção à Saúde (Saúde
Mais Perto de Você e Saúde Toda Hora), estratégia do governo federal, em
parceria com estados e municípios, para ampliar e/ou qualificar a assistência
na atenção básica, nos serviços de urgência e emergência no SUS e nos serviços
hospitalares.
O Atendimento
Domiciliar no município foi dividido pela BR-010, sendo os serviços
centralizados nos Postos de Saúde da Vila Nova e Milton Lopes. Tudo o que é
produzido nestes atendimentos da Atenção Básica em termos de dados é
transmitido para o governo federal. As informações são relacionadas ao perfil
do paciente e aí se incluem idade, diagnóstico, o Código Internacional de
Doença – CID e a partir daí é feito um levantamento histórico e geográfico da
região.
As duas equipes,
da Vila Nova e do Milton Lopes são compostas por dois médicos, dois
enfermeiros, um fisioterapeuta, um assistente social ainda quatro
auxiliares/técnicos de enfermagem.
Já a EMAP é
constituída por no mínimo três profissionais de saúde de nível superior,
eleitos entre as categorias de assistente social, fisioterapeuta,
fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, psicólogo, farmacêutico e terapeuta
ocupacional. Essas equipes atendem os pacientes que têm dificuldade para chegar
até um hospital, que são aqueles que usam fraldas e requerem um cuidado maior.
De acordo com
Dênis Elizeu, “estão no Programa, pacientes que estavam no Socorrão, foram para
casa e como alguém conhecido soube do SAD, a equipe foi comunicada e começou a
visitá-lo e fazer uma avaliação. O SAD atende até mesmo na assistência a
pacientes com órteses e próteses, cânulas e fraldas geriátricas. O suporte só
não é melhor, porque ainda não trabalhamos com os traqueostomizados e com
aspiração, mas eu creio que chegaremos lá rapidamente, mantendo o nível no qual
estamos andando”. Além disso, acrescenta ele, “a nutrição enteral (controlada
de nutrientes) já é repassada ao paciente sem custo algum. Já encontramos casos
bastante avançados em que conseguimos solucionar dentro da própria casa do
paciente. Além de tudo os profissionais ensinam os familiares a lidarem com o
paciente”, comemora ele.
O Melhor em Casa está reabilitando os pacientes em domicílio, garantindo a
continuidade do tratamento integrado à rede de atenção à saúde, garante Dênis
Elizeu. “Além disso, o programa possibilita a redução da internação hospitalar
e reduz o tempo de permanência dos usuários internados. Esta é uma busca
constante da secretária de saúde Conceição Madeira e uma determinação do
prefeito Sebastião Madeira, que enxergam na humanização da Saúde, uma vertente
para uma gestão de qualidade”. (ASCOM)