7/25/2014

O Poder do acreditar


Se navegar é preciso, como dizia o poeta, digo que acreditar no comando e na estrutura do navio que conduzem os marinheiros e tripulantes, também. Quando não há essa confiança aumenta o medo de naufrágio. Acreditar é um dom. Como na vida nada é absoluto, deve haver, para a boa condução da nau que conduz nossas vidas, um equilíbrio entre o acreditar e o não acreditar.

Podemos acreditar de verdade nas pessoas,  numa causa, em algo, ou apenas  por conta das convenções,  fingir  que acreditamos. Quando acreditamos, não tenha dúvida, caro leitor, não há equilíbrio no mundo que nos segure.  Mergulhamos por inteiro, a imersão é total, mesmo que lá na frente haja doses de decepção,  e decepção, como sabemos,  também faz parte da vida.

O acreditar pode resultar no encontro do sucesso ou do insucesso, no entanto, os que acreditam num projeto, numa causa, num objetivo,  merecem  todos os aplausos porque têm,  ou tiveram, a  coragem de  pelo menos tentar. No mínimo, servirão de exemplo a ser seguido.

Feita esta introdução, apresento a você, que nos prestigia semanalmente com a  leitura da nossa coluna,  dois exemplos  do que chamo de o  “poder do acreditar”. O acreditar num sonho, numa meta, num projeto, numa cidade etc.   Existem  muitos outros cases na cidade, no entanto, o protagonismo dos   que  apresentarei  pôde ser sentido este mês com mais força; tudo resultado de muito trabalho e no acreditar; nesse particular, o acreditar na nossa sempre pujante Imperatriz. Refiro-me aos  empresários  Carlos Gêisel (Topázio, Toronto, Trovato) e Clynewton Dias Santos ( Sorvetes Dois irmãos)

O primeiro, depois de 18 anos no  mercado  de estofados,  acaba de  inaugurar uma das mais modernas fábricas de móveis do Brasil, cujo diferencial, como bem me disse,  é o investimento tecnológico. Começou bem minúsculo na cidade de Cidelândia (MA), se instalou depois em Imperatriz, acreditou na força e no potencial da cidade,  se tornou líder no mercado de estofados,  ficou grande,  e daqui  exporta para várias regiões do Brasil e já tenciona, num segundo momento,   abrir janelas e portas para negócios no exterior.

O segundo, de uma pequena fábrica, quase artesanal, de picolés  na periferia da cidade,  depois de perder tudo num incêndio, continuou a acreditar no potencial de Imperatriz e dois anos depois  se constitui  no maior fabricante de picolés e sorvetes do Maranhão tendo inaugurado dia 16 de Julho uma unidade industrial que agora o capacita a buscar outros mercados.

Gêisel e Clynewton têm em comum, além do fato de serem jovens, a capacidade de sonhar aliada à coragem e ousadia peculiares dos empreendedores, e ainda o  “poder do acreditar”;  o acreditar na capacidade de Imperatriz absorver seus projetos de vida  e de tornar com seus talentos  o  aparentemente impossível, no possível.

Quando surgem cases como os dos já mencionados  empresários,  há  quem termine  por falar em sorte. Como gosto muito de  prestar atenção nas letras de algumas músicas lembrei-me de  uma do Fernando Mendes  que me remete   frontalmente ao tema de hoje da nossa coluna.

Não adianta um pé de coelho
No bolso traseiro
Nem mesmo a tal ferradura
Suspensa atrás da porta
Ou um astral bem maior que
O da noite passada,
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela.

O artista vai  mais longe quando  canta:

Que há muitos que
gostam de criticar. Esperam a sorte sentados sem sair
do lugar,  mas toda sorte tem quem acredita nela.

Gêisel e Clynewton, certamente não se enquadram no exemplo dessa música de Fernando Mendes, uma vez que, como se percebe, não ficaram sentados. Preferiram exercitar o “poder do acreditar.

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