Ações de
sensibilização sobre a limpeza das praias e balneários maranhenses, coleta
seletiva do lixo e atividades lúdicas foram realizadas na Praia do Meio como
parte do Projeto “Praia Limpa”. Frequentadores, donos de bares e até
comerciantes informais da praia aprovaram a iniciativa e aderiram ao projeto,
que recebia voluntários à medida em que a equipe de monitores ia passando nas
barracas, com o trabalho de sensibilização.
Estudantes de
biologia da Universidade Federal do Maranhão executaram, como monitores do
projeto, o trabalho de sensibilização e mobilização. Em vários pontos da praia,
foram colocadas lixeiras recicláveis para a coleta de lixo e dispositivos em
que o cidadão podia adquirir uma sacolinha para carregar o seu lixo. Para os motoristas,
foram entregues adesivos sobre o projeto. Entre os estudantes (monitores), a
opinião é que o alcance do trabalho pode mudar o cenário das praias de São
Luís, se a população entender e aderir ao projeto. A universitária Edênia
Coqueiro lembrou sobre a responsabilidade social do cidadão e conclamou o
cidadão para iniciativas de rotina: “É importante lembrar que nós somos responsáveis
pelos nossos resíduos, então, vamos cuidar, vamos recolher, vamos
substituir...porque é importante manter o nosso ambiente limpo”, explicou.
A constatação
dos resultados veio, em tempo real, pela reação de quem recebia a abordagem dos
monitores do projeto. Para o empresário Ademir Serra, a iniciativa foi
importante, inclusive porque contemplou locais adequados para colocar o lixo,
como foi o caso das lixeiras. “Se você vê a lixeira, naturalmente você vai
utilizá-la, mas, se não vê o local adequado, acaba deixando na praia, o que é
um absurdo”, constatou. Já, a estudante de pedagogia Giovana Barraso, que se
voluntariou para a atividades, pretende levar a experiência do projeto para a
sala de aula: ”É uma experiência motivadora. Abraçar uma causa de preservação,
de coleta, é importante para abordar em sala de aula, pois leva à prática”,
justificou.
Promovido em
uma parceria entre o gabinete do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o Instituto
Cidade Solidária, o projeto contou com a participação de várias outras
instituições, entre elas, a CEMAR, que disponibilizou o projeto ECOCEMAR, com
atividades lúdicas e infraestrutura, a Universidade Federal do Maranhão, por
meio do departamento de biologia e cooperativas de reciclagem de lixo entre
outros. O lixo coletado e selecionado foi entregue à COOPRESL (Cooperativa de
Reciclagem de São Luís), que trabalha com reciclagem de papel, metal e
plástico, e o Núcleo Inhaúma Sustentável, que trabalha com a fabricação de
vassouras a partir da utilização de garrafas Pet.
De acordo com
o coordenador do projeto “Praia Limpa”, Liviomar Macatrão, o resultado da
iniciativa superou as expectativas. Segundo ele, a divulgação nos meios de
comunicação e redes sociais trouxe parcerias e voluntários. “A presença de voluntários convocados por
meio das redes sociais; os frequentadores da praia, que lendo o material do
projeto, se candidataram a participar da coleta seletiva e algumas instituições
que nos procuraram evidenciaram o resultado exitoso do projeto, não só do ponto de vista da coleta,
mas, principalmente da sensibilização”, constatou Liviomar, que inclusive,
celebrou o resultado da pesagem do lixo coletado. Considerando as adversidades
de tempo chuvoso do final de semana, os participantes do projeto ainda
coletaram quase cem quilos de lixo.
A partir da
experiência na Praia do Meio, o “Praia Limpa” tem previsão de acontecer em
outras praias da Grande Ilha, mantendo como meta a sensibilização e
mobilização, visando a auto sustentabilidade, reaproveitamento dos resíduos a
partir da coleta seletiva e a educação ambiental voltada para o cidadão, de
forma que insira no seu dia-a-dia a rotina do descarte correto do lixo.
SOS ÁGUAS DO MARANHÃO
O projeto Praia Limpa é mais uma das ações do programa SOS Águas do Maranhão, idealizado pelo senador Roberto Rocha, em parceira com o Instituto Cidade Solidária, que inseriu em pauta estadual a problemática da situação dos rios do Maranhão, que se deterioram gradativamente, devido à poluição e outros danos causados pela ação do homem.
O programa atua em diversas frentes e uma delas
foi a série de seminários, ocorridos em 2017, “Revitalização dos rios
Maranhenses e Suas Nascentes”, concebidos para ampliar a consciência cidadã e
fomentar estratégias de enfrentamento do problema. De acordo com Roberto Rocha,
o descaso com meio ambiente e as riquezas naturais do Maranhão pode custar caro
ao maranhense.
“Precisamos ter esse pensamento de preservação das nossas
riquezas, senão só daremos falta delas quando não houver mais solução. E a
preservação das nossas praias é significativa, não só pelo aspecto social e
ambiental, mas também pelo econômico, considerando que o turismo atrai
investimentos para a capital e para o estado, daí, a importância do “Praia
Limpa””, destacou.