10/03/2013

Células Tronco: Um elo Perdido no interior do Maranhão.



                                                     Frei Alberto Beretta.



Entre as décadas de  1960 e 1970, do século passado,  quando o termo “ célula tronco”  ainda era pouco ou  quase nem mencionado no Brasil ,  em Grajaú, interior do Maranhão,  o   médico e frei Franciscano  Alberto Beretta  (1916-2001) já desenvolvia uma técnica de tratamento para diversos tipos de doença a partir do uso da placenta,  que  hoje se sabe, é largamente usada pela ciência em pesquisas com células tronco, esperança de tratamento para  inúmeras enfermidades.
   

As células-tronco, também conhecidas como células estaminais, são indiferenciadas (não possuem uma função determinada) e se caracterizam pela capacidade de se transformar em diversos tipos de tecidos que formam o corpo humano.

“ Até paralítico ele fez andar com suas injeções de placenta”  recorda o  funcionário da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), antiga Sucam,  Joaquim de Jesus.  Ele diz que não chegou a conhecer o médico/frei,   mas quando foi  trabalhar em Grajaú se deparou com a fama dele . “  Na cidade  o que se falava é que vinha gente até de outros países se tratar com o Frei Alberto” conta.

                                                Joaquim de Jesus, " até paralítico o frei  fez andar"

Antes de cair doente e voltar para  a Itália ( morreu em Bergamo, Itália,  em 10 de agosto de 2001)   o religioso confiou a formula a auxiliares mais próximos,    portanto esse trabalho médico realizado na época,  certamente em condições adversas no mundo  pode ser considerado um elo perdido das pesquisas com células tronco e se houver interesse dos cientistas brasileiros pode ser resgatado podendo auxiliar nas diversas pesquisas sobre o tema em andamento em todo mundo.  

Segundo Joaquim de Jesus,   em Imperatriz reside um auxiliar de farmácia que por dez anos trabalhou com o Frei Alberto “ o nome dele é João Ramiro, trabalha na Farmácia Santa Mônica” informou.
           
SOBRE CÉLULAS TRONCO. 

As células tronco podem ser encontradas em diversas partes        do corpo humano porém, são mais utilizadas para fins medicinais as células de cordão umbilical, da placenta e medula óssea. Pelo fato de serem retiradas da próprio paciente, oferecem baixo risco de rejeição nos tratamentos médicos.

No caso da  placenta, utilizada pelo Frei Alberto nas décadas de 60 e 70 do século passado  em Grajaú,  de acordo com a enciclopédia virtual Wikipédia, é órgão endócrino importante na gravidez, envolvida na produção de diversos hormônios entre eles o  gonadotropina coriônica, lactogênio placentário (somatomamotropina coriônica), bem como os esteróides, estrogênios, progesterona e hormônios neuropeptídicos semelhantes aos encontrados no hipotálamo (hormônios hipotalâmicos).

As pesquisas com células tronco  teriam começado oficialmente no início do século 20  com os alemães Hans Spermann e Jacques Loeb.   Fazendo, inicialmente,  experiências com embriões de sapos e rãs, eles viram que, quando as duas primeiras células do embrião são separadas, elas podem dar origem a dois girinos completos – esse processo, que eles induziram artificialmente, também acontece na natureza: é o caso dos gêmeos idênticos.

Passados os anos hoje  os pesquisadores afirmam que graças ao desenvolvimento da chamada terapia celular, com células tronco, será possível, nas próximas décadas restaurar células nervosas, ajudar na regeneração de órgãos como fígado e o coração e até a chegar á cura do diabetes tipo 1 e de doenças degenerativas como o Alzheimer.

O Frei Alberto, segundo relatos dos grajauenses mais antigos,   parece que já sabia  de tudo disso e durante anos, curou muita gente  nas barrancas do Grajaú.


 

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