2/27/2018

Historiador José Herênio indica local exato do nascimento de Imperatriz



De posse dessa informação vereadores aprovam construção do Marco Zero

Por         Domingos Cezar

Baseados no livro “Imperatriz – Uma avozinha de cem anos”, de autoria do historiador José Herênio, vereadores aprovaram projeto de indicação solicitando ao prefeito Assis Ramos, a construção de um monumento que indique o Marco Zero, ou seja, o exato ponto da fundação da cidade pelo Frei Manoel Procópio.

 O projeto é de autoria dos vereadores Adhemar Alves de Freitas Júnior, Fábio Hernandez de Oliveira Sousa,  Irmã Maria Telma de Sousa Rocha Silva, José Arimatheia Pereira de Castro (Ditola) e Manoel da Conceição de Almeida (Bebé Taxista).

 Em sua justificativa os edis lembram que a povoação iniciou em julho de 1852, com chegada de Frei Manoel Procópio, onde encontra-se situada a Praça da Metereologia, o que faz do local, um dos principais pontos históricos da cidade, tanto do ponto de vista histórico, quanto cultural.

 Os autores do projeto de indicação argumentam que seria interessante envolver o maior número de cidadãos na escolha do tipo de monumento a ser erigido. Sugerem a criação de um concurso direcionado a técnicos em arquitetura, arquitetos e engenheiros para apresentação de projeto a ser escolhido por uma comissão criada pela Fundação Cultural.

 Observam, ainda, que na Praça da Metereologia, em frente ao Hospital da Unimed existe um espaço de 100m2 adequado à construção do monumento, que vai se tornar mais um importante ponto turístico da cidade de Imperatriz. O projeto será enviado para o executivo para que seja sancionado pelo prefeito Assis Ramos.

 José Herênio de Souza, o autor do livro “Imperatriz – Uma avozinha de cem anos”, é de família tradicional desta cidade, com ramificações em Carolina e Marabá (PA). Piloto de avião aposentado, advogado, escritor atuante, mora há vários anos no Rio de Janeiro, é membro da Academia Imperatrizense de Letras – AIL.


Nível do Rio Tocantins volta a subir



Boletim da Defesa Civil registra cinco metros acima do marco zero
 Por  Francisco Lima

Nível do Rio Tocantins em Imperatriz voltou a subir nesta segunda-feira, 26, para 5,02 metros acima do marco zero. A informação é da Superintendência Municipal de Proteção e Defesa Civil. Devido ao volume de chuvas, a vazão do final de semana foi de 8.975,35 metros cúbicos por segundo.

No dia 09 de fevereiro o rio atingiu a faixa dos 7,22  metros acima do leito normal, afetando cerca de 130 famílias ribeirinhas. No feriado de carnaval as águas baixaram, e até a última sexta-feira mantinha elevação média de três metros.

O superintendente da Defesa Civil, Josiano Galvão destaca que não há previsão de transbordamento do rio, mas que a comunidade deverá ficar em alerta. “Estamos em estado de vigilância permanente em função das chuvas contínuas dos últimos dias, e a previsão é de mais chuvas para as  próximas horas”, destaca.

Segundo ele, em caso de provável emergência, as instalações no Parque de Exposições Lourenço Vieira da Silva continuam montadas para receber famílias desabrigadas. “Esperamos que não seja necessário, mas, em caso de novos alagamentos,  continuamos com os abrigos montados no Parque de Exposições para receber essas famílias que residem em áreas ribeirinhas”.

De acordo com monitoramento da Defesa Civil, as previsões de vazão do Rio Tocantins são de 4.271,40 m3s, para 24 horas; 4.138,73 para 48h; e 4.093,30 m3s para 72h. Boletins são divulgados diariamente no site da Prefeitura por meio de gráfico

2/26/2018

Luís Roberto Barroso toma posse nesta terça-feira (27) como ministro efetivo do TSE


              Ministro Luís Roberto Barroso cumprirá período de dois anos no cargo

O ministro Luís Roberto Barroso tomará posse nesta terça-feira (27), às 19h, como ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para um período de dois anos. O presidente da Corte, ministro Luiz Fux, comandará a cerimônia de posse no Plenário. Barroso assume a vaga deixada pelo ministro Gilmar Mendes, que transmitiu a Presidência do Tribunal ao seu sucessor, ministro Luiz Fux, em 6 de fevereiro.
Luís Roberto Barroso é ministro substituto da TSE desde 2 de setembro de 2014, sendo reconduzido para novo biênio no cargo em 3 de setembro de 2016. O ministro integra o Supremo Tribunal Federal (STF) desde 26 de junho de 2013.
Natural da cidade de Vassouras (RJ), o ministro Luís Roberto Barroso é doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) desde 2008. É professor titular de Direito Constitucional na UERJ. Foi também procurador do Estado do Rio de Janeiro.  Ele é autor de diversos livros sobre Direito Constitucional e de inúmeros artigos publicados em revistas especializadas no Brasil e no exterior.

2/25/2018

OLHAR PRA FRENTE



Roberto Rocha, senador da República

Cada diagnóstico que se publica sobre o Maranhão realça o tamanho do desafio que nós maranhenses teremos que enfrentar para colocar o Estado numa trajetória virtuosa de desenvolvimento sustentável. 

Recentemente o Tribunal de Contas da União –TCU realizou um tremendo esforço de compilação de dados das auditorias feitas pelas suas Secretarias de Controle Externo, em cada um dos nove estados nordestinos, com o objetivo de apontar os principais problemas e desafios da Região. 

Esse repertório de desafios identificados no estudo foi associado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que constam da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). O resultado foi um opulento estudo que fornece um diagnóstico, disponibilizado para os governos aperfeiçoarem suas políticas públicas.

Buscou-se, como fez a ONU, projetar um olhar até o ano de 2030, portanto daqui a 12 anos, o que não é um horizonte tão longo. Pelo menos não deveria ser, para quem tem responsabilidades e compromisso com o povo.

No caso do Maranhão, o TCU mapeou os índices sociais, destacando que somos o Estado com a menor renda per capita do país, muito abaixo da média nordestina e inferior à metade da média nacional. Justo o Maranhão, o Estado que Celso Furtado dizia ser “o Paraná do Nordeste”, tamanhas suas vantagens naturais frente a nossos vizinhos. Temos água em abundância, temos terras férteis, temos energia, ventos, sol o ano todo. O que nos falta?

O TCU dá uma pista quando conclui, em seu relatório que “O Estado do Maranhão não dispõe de plano estratégico de desenvolvimento com visão de longo prazo”. 

Dito assim, com todas as letras, pelo Tribunal de Contas da União, coincidentemente presidido por um maranhense. Como definir prioridades, como consolidar políticas, como dar garantias a investidores se não se sabe que rumo tomar? Infelizmente nossa cultura política teima em olhar pelo retrovisor e não é capaz de formular consensos mínimos com o olhar no para-brisa.


O TCU deu um passo importante ao reconhecer nossas deficiências, ao ir muito além de sua responsabilidade de avaliar a conformidade e a legalidade dos gastos, buscando também enxergar a sua qualidade. E talvez seja o caso de incluir como um valor dessa qualidade a capacidade de projetar os efeitos desse gasto para o futuro. Olhar para a frente, para não ficar refém do passado.



2/22/2018

Lei de incentivo à cultura foi debatida entre especialistas e empresariado



Domingos Cezar

O evento aconteceu na solenidade de lançamento da obra do Teatro Ferreira Gullar
           
         Artistas, empresários, contadores, profissionais liberais e de imprensa, políticos, entre outros convidados se fizeram presentes na manhã desta quinta-feira (22), ao Teatro Ferreira Gullar, para assistir a solenidade de lançamento do projeto de obra de reforma e ampliação daquela casa de espectáculos.

            Em nome da diretoria da Associação Artística de Imperatriz – ASSARTI, o secretário Domingos Cezar Ribeiro agradeceu a presença dos convidados, fez um breve histórico do teatro em Imperatriz e conclamou a classe empresarial a patrocinar a arte local, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura.

            O Padre Francisco Lima, membro da Academia Imperatrizense de Letras – AIL abençoou aquele espaço de arte, ressaltando a importância da arte no desenvolvimento de uma cidade. Mirele Rodrigues, executiva de relacionamento da Companhia Energética do Maranhão – CEMAR, disse que a empresa está à disposição em apoiar eventos culturais.

            O presidente da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz – ACII, Hélio Rodrigues, afirmou que a classe empresarial da cidade tem demonstrado que vem mudando a mentalidade no que diz respeito à questão cultural. “Nossa entidade e seus associados estão dispostos a apoiar todas as ações culturais de nossa cidade”, garantiu.

            Representando o grupo Gestão Cultural, a professora Núbia Carvalho fez uma explanação sobre o que o grupo garantiu de recursos para realizar ações culturais. Ela destacou a realização do 14º e 15º Salão do Livro de Imperatriz - SALIMP, e um concerto de jazz que vai acontecer na próxima Feira do Comércio e Indústria de Imperatriz – FECOIMP.

            A presidente da Comissão de Análise de Projetos Culturais da SECULT, Caroline Veloso, garantiu que o Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, sempre apóia todos os projetos culturais bem fundamentados.  Luciana Castro falou sobre Cultura de Mercado e incentivou o empresariado a investir na cultura.

            Representando o prefeito Assis Ramos, o vice-prefeito Alex Nunes Rocha lembrou que a cultura dos gregos foi mais forte para o mundo que as armas de Roma. “A administração do prefeito Assis Ramos está à disposição para apoiar esse projeto e outros que venham engrandecer nossa cidade”, garantiu.
   

*“ Não só acredito, como tenho certeza que terá segundo turno no Maranhão” diz Madeira*


 

Ao analisar a conjuntura política do Maranhão o ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira (PSDB) disse  ontem não só acreditar, mas ter certeza que terá segundo turno no Maranhão. A provocação foi feita por um jornalista ao questioná-lo sobre as pesquisas que põe o atual governador em vantagem em relação aos demais pretendentes a governar o Maranhão.

Para o ex-prefeito as pesquisas, quando encomendadas por um ou outro grupo, são controversas. “ Quando tem pesquisa feita pelo grupo do governador ele aparece com mais de 60%, mas  pesquisas feitas por fontes independentes apresentam ele próximo de 40%;  e como terão muitos candidatos,  e  considerando o fato de que a  campanha ainda nem começou a certeza de um segundo turno é patente” comentou Madeira. O ex-prefeito de Imperatriz é o atual  secretário geral do PSDB do Maranhão que tem como pré-candidato a  governador o senador Roberto Rocha.

Além de Rocha querem governar o Maranhão a ex-governadora Roseana  Sarney (MDB) , a ex-prefeita de Lago da Pedra Maura Jorge (Podemos)  e o deputado estadual Eduardo Braide (PMN). A campanha deve contar ainda com os tradicionais candidatos dos outros partidos mais à esquerda, como o PSTU e PSol que sempre participam do processo.

Sobre a posição de Roberto Rocha nas pesquisas de intenção de voto Madeira comentou que ele {Roberto} tem se destacado  como um grande senador. Destacou o empenho do parlamentar  para ajudar os municípios. Lembrou que só para Imperatriz no, apagar das luzes de 2017, empenhou cerca de nove milhões de reais então “ naturalmente quando a campanha começar os maranhenses terão uma maior amplitude  do seu trabalho e avaliarão melhor  sua capacidade para governar o Maranhão”

Ao ser perguntado sobre a posição do PSDB num eventual segundo turno sem Roberto Rocha, Madeira  foi metafórico. “ Só atravessamos a ponte do Araguaia  quando atravessamos a ponte do Tocantins.  Nós vamos ter  primeiro a eleição com meu candidato Roberto Rocha , que  é a ponte do Tocantins, ao atraversarmos  essa ponte, ai atravessaremos a ponte do Araguaia. Primeiro,  vamos lutar para estarmos no segundo turno,  se  não for possível ai vamos avaliar.   O Roberto tem as ideias dele, tem  projetos... Se ele for para o segundo turno o candidato que estiver mais proximo de nossas ideáis, é com ele que vamos.

Candidato a federal- Na mesma entrevista Sebastião Madeira confirmou que vai ser candidato a deputado federal e  vem se articulando para isso.  O ex-prefeito ressalta que hoje se sente mais experiente e preparado para representar Imperatriz e a região na Câmara dos Deputados. “Nossa  região está absolutamente órfã de representatividade. Sinto-me  mais preparado para preencheressa lacuna. Como deputado vou poder continuar a  ajudar Imperatriz e as outras cidades da região como sempre fiz” concluiu.

Prefeitura divulga programação da Semana da Mulher



Palestras, reflexões, exibição de filmes e corrida marcam as atividades

Publicado em: 22/02/2018 por Luana Barros

Com o tema “Direitos da mulher: o tempo é agora”, a Prefeitura de Imperatriz divulga programação especial na campanha que celebra o Dia Internacional da Mulher. Durante uma semana, serão desenvolvidas ações voltadas ao enfrentamento e prevenção da violência contra o público feminino. 

As atividades, preparadas pela Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher, SMPM, iniciam dia 05 de março e serão finalizadas dia 11 com a Corrida da Mulher, conforme explica a secretária Edna Ventura. “A Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher realiza palestras em escolas, exibição de filmes, momentos de reflexão, além de participar e apoiar a Corrida da Mulher e Campanha da OAB”.

Edna esclarece que as palestras serão realizadas em escolas da zona urbana e rural e, para isso, contam com a parceria da Secretaria Municipal de Educação, Semed. A comemoração do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, acontecerá em evento especial às 17h na Avenida Beira Rio com reflexões sobre o tema da semana, apresentações culturais e envolvimento de todas as secretarias e órgãos da administração municipal.

Confira a Programação completa:

05 de março: Palestras em escolas e 13h30min- Exibição de filme – Tocantins Shopping;
06 de março: 07h30min – Caminhada Casa do Idoso; 8h – Palestra na Escola São Félix no Povoado São Félix e 8h às 16h atividades no Assentamento Viva Deus – Estrado do Arroz;
07 de março: Palestras em escolas e Lançamento da campanha “Direitos da Mulher de viver sem violência” – na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Subseção Imperatriz);
08 de março: Palestras em escolas e 17h - Comemoração do Dia da Mulher. Reflexão: “Direitos da Mulher, a hora é agora” – Avenida Beira Rio;
09 de março: Momento de Reflexão sobre o potencial feminino no Centro de Referência de Atendimento a Mulher, Cram;
11 de março: 07h – Corrida da Mulher (Promovida pela Liga Desportista Sul do Maranhão com apoio da Prefeitura de Imperatriz).


2/20/2018

84ª Assembleia Geral Ordinária da Conaje tem início nesta quinta-feira






Evento reunirá aproximadamente 150 participantes de todo o Brasil, que tratarão sobre diversas pautas ligadas a negócios e empreendedorismo

Terá início, na próxima quinta-feira (22), no Hotel Pestana, a 84ª Assembleia Geral Ordinária da Confederação Nacional dos Jovens Empresários (AGO/Conaje). O evento será uma oportunidade em que jovens lideranças de todo o Brasil, dos mais diversos setores da economia, estarão reunidas para debater sobre os temas mais relevantes envolvendo o jovem empresariado brasileiro.

Para tanto, são esperados aproximadamente 150 participantes, que também irão deliberar a respeito das ações, projetos e eventos futuros da Confederação. Além da entidade nacional, também estão à frente da organização a Associação dos Jovens Empresários do Maranhão (AJE-MA) e o Conselho do Jovem Empresário da ACM (Conjove/ACM).

O presidente da Conaje, Guilherme Gonçalves (SC), externou a satisfação em realizar a primeira AGO do ano na capital maranhense. "Temos oportunidade de levar ao Conselho da Conaje proposições importantes, em um momento de definições e discussões para o melhor direcionamento dos trabalhos da entidade", ressaltou.

Como prévia à programação, já no dia 21 de fevereiro, lideranças estarão reunidas nas dependências da Fecomércio, para alinhar os assuntos a serem apresentados durante o encontro nacional. No dia 22, além das atividades matinais da assembleia, o Café Político contará com a presença do secretário nacional de Juventude, Francisco Assis da Costa Filho, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Maranhão, Davi Telles, que tratarão sobre temas de interesse da cultura empreendedora. Na mesma data, o governador maranhense Flávio Dino receberá representantes da Conaje durante um jantar na Casa do Maranhão.

No dia 23, novamente a manhã será um período de deliberações entre lideranças. Após. durante o Almoço Empreendedor, a pauta será a apresentação de cases de sucesso aos participantes. Após a realização da AGO, os jovens empresários farão uma visita a alguns destinos turísticos de São Luís.

De acordo com o presidente da AJE-MA, Jurandy Theophilo, o evento é um compromisso com a valorização do jovem empreendedor local. "Conseguimos unir forças públicas e privadas na discussão de temas de grande relevância", destacou. Já a presidente do Conjove/ACM, Camila Campos apontou que "os jovens empreendedores maranhenses têm atuado com destaque no cenário nacional”. Segundo Camila, “esta é uma oportunidade de mostrar ao Brasil, através dos jovens empreendedores, o potencial de crescimento que nosso estado possui".

SERVIÇO

O QUÊ: 84ª Assembleia Geral Ordinária da Confederação Nacional dos Jovens Empresários

ONDE: Hotel Pestana (Avenida Avicênia, Calhau)

QUANDO: 22 e 23 de fevereiro



Informações para imprensa:
WComunicação - Assessoria e Consultoria
(98) 3181-7661/ 982341637/ 991962542
imprensa@wcomunicacaointegrada.com.br


Contatos:
Wal Oliveira
+ 55 (98) 99125-2442 / 98234-1637

Gustavo Rodrigues
+ 55 (98) 99198-2978



2/17/2018

*A RIQUEZA OCULTA*


*Roberto Rocha, senador da República*

Uma escola de samba de São Paulo, a Acadêmicos do Tatuapé, veio buscar no Maranhão a inspiração para produzir o espetáculo que levantou o título na avenida. Alguns dirão: certamente isso se deu pelo fato do carnavalesco da escola, Wagner Santos,  ser maranhense. Não, decididamente, não! A escolha de um enredo passa por várias cabeças e depende de muitos fatores. Fosse o carnavalesco de outro estado, teria emplacado sua terra?

Faço esta reflexão com um propósito. Para chamar a atenção para a extraordinária riqueza que está diante dos nossos olhos, e muitas vezes é preciso ser vista de fora pra que nós mesmos enxerguemos. A Tatuapé escolheu o Maranhão porque percebeu que aqui havia todos os elementos que compõem uma narrativa para empolgar a celebração popular. Pra começar, somos a síntese da formação cultural do país, nos três grandes eixos: o africano, o europeu e o indígena. Trazemos em nossa imaginação, costumes, memórias e sonhos, o eco do encontro de crenças e visões de mundo tão variadas que se aclimataram em nosso território. Isso não se deu pacificamente, mas a custa de sangue e dor.

Sobre esse terreno construímos um imaginário de “encantarias”, como diz o enredo da escola, feito de mitos, de arquétipos, de lendas, de fantasias que adubaram fértil terreno para o nascimento de gerações de poetas, de Gonçalves Dias a Ferreira Gullar. Um lugar tocado de poesia e magia que penetra na imaginação desde que “o sonho aportou na ilha da magia".

Está tudo lá, na letra do samba, numa síntese magnífica. Fala das batalhas pela libertação dos escravos, das feitiçarias, da poesia, da alegria, das matracas, dos tambores e de São José, nosso santo padroeiro. Fala ainda das cantorias, das quebradeiras de coco e não esqueceu do reggae, mais um exemplo de simbiose cultural. 

Mas nada disso seria suficiente se não fosse o fato de constituir também uma vibrante e arrebatadora tradição visual que está presente nas miçangas dos bois, nos traçados geométricos das pinturas indígenas, nos vestuários das danças populares, nas fitas coloridas, nas cavalgadas, nas romarias, nos azulejos, nos cocares. Que mais quer uma escola de samba pra empolgar a avenida? Poesia, magia, beleza, mistério, essa a riqueza que o Maranhão forneceu para que a Tatuapé, com enorme competência, conquistasse o bicampeonato.

Nem todo o dinheiro de mídia do Governo conseguiria divulgar o Maranhão com tanta leveza e generosidade. O Maranhão tem muitas outras riquezas ocultas dos maranhenses. Chegará o dia em que serão desveladas para seu povo

2/16/2018

Temer assina decreto de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro




Com a intervenção, as Forças Armadas assumem a responsabilidade do comando das Polícias Civil e Militar no estado do Rio. 'Governo dará respostas duras e firmes', afirmou Temer

Por Guilherme Mazui, Bernardo Caram e Roniara Castilhos, G1 e TV Globo, Brasília

16/02/2018 13h31  



O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira (16), no Palácio do Planalto, o decreto de intervenção federal na segurança pública no estado do Rio de Janeiro.

O decreto chegou à Câmara dos Deputados na tarde desta sexta e foi protocolado por um funcionário da Casa Civil na Primeira Secretaria da Câmara.

A medida prevê que o general do Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, será o interventor no estado. Ele assume até o dia 31 de dezembro de 2018 a responsabilidade do comando da Secretaria de Segurança, Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e do sistema carcerário no estado do Rio.

A intervenção já está em vigor, mas o decreto precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional para continuar valendo.

Em discurso na solenidade, Temer comparou o crime organizado que atua no Rio de Janeiro a uma metástase e que, por isso, o governo federal tomou a decisão de intervir no estado.

"O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo. Por isso acabamos de decretar neste momento a intervenção federal da área da segurança pública do Rio de Janeiro", completou Temer.

"Tomo esta medida extrema porque as circunstâncias assim exigem. O governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providêncais necessárias para enfrentar e derrotar o crime organizado e as quadrilhas", disse Temer.

Ele também afirmou que a intervenção federal tem o objetivo de "restabelecer a ordem". O presidente informou que enviará ainda nesta sexta ao Congresso o ato e que a intervenção tem "vigência imediata".

"Não podemos aceitar passivamente a morte de inocentes, e é intoleravel que estejamos enterrando pais e mães de familia, trabalhadores, policiais, jovens e crianças, e vendo bairros inteiros sitiados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras", disse Temer. Por isso, chega, basta. Nós não vamos aceitar que matem nosso presente nem continuem a assassinar o nosso futuro", concluiu.

O QUE DIZEM OS JURISTAS
Embora as forças armadas já tenham atuado em diversos estados nos últimos anos, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro anunciada nesta sexta-feira (16) é a primeira desde a promulgação da Constituição de 1988.

A ferramenta mais utilizada em operações deste tipo é a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que é menos invasiva na autonomia política e administrativa da localidade, e seria configurada mais como uma "parceria", como a que ocorreu em fevereiro de 2017 no Espírito Santo.

Especialista em Direito Constitucional e professor da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), o advogado Daniel Falcão explica que a intervenção federal é diferente e tem alcance significativamente maior que um decreto de lei e ordem.
"GLO (garantia de lei e ordem) acontece em várias ocasiões e não mexe em nada no estado. É uma questão específica, uma situação muito pontual, menor e peculiar: vão lá as forças armadas, intervêm e resolvem. O próprio governador pode pedir essa ajuda, aí o governo federal manda tropas. Mas, em tese, quem coordena tudo ainda é o governador", diz Falcão.

"A intervenção é muito maior e muito mais grave: está sendo substituído o governador num determinado assunto, a segurança pública."

No Rio de Janeiro, o secretário de segurança pública, Roberto Sá, será afastado para dar lugar ao general Walter Souza Braga Netto, que tomará as decisões sobre segurança, com total submissão das polícias civil, militar e também dos bombeiros.

"O Governo Federal passa a ter respaldo jurídico para tomar decisões sem prestar qualquer tipo de satisfação ao governador", explicou o Fernando Veloso, ex-chefe da Polícia Civil e comentarista de Segurança Pública da TV Globo.


Instrumento de força

Antes da promulgação da Constituição Federal de 1988, houve intervenções federais nos estados, principalmente na República Velha, no Estado Novo e na ditadura militar.

“Esses institutos que realmente têm força coercitiva e são mais dramáticos e radicais foram usados na época da ditadura, entre 1964 e 1985”, afirmou a advogada constitucionalista Vera Chemim.
Entre 1995 e 2003, o presidente Fernando Henrique Cardoso ficou perto de duas possíveis intervenções. Em 1997, Alagoas passou por uma grave crise financeira, e o governo federal ajudou na solução, mas não houve intervenção formal.

Já em 2002, entidades pediram intervenção federal no Espírito Santo por causa de corrupção e crime organizado. O então ministro da Justiça Miguel Reale Jr. acatou o pedido, mas FHC barrou a medida, o que provocou o pedido de demissão de Reale.

"A intervenção federal demonstra uma crise gravíssima na unidade da federação, obviamente isso não é bom para democracia. A questão é analisar se os pressupostos estão presentes. O presidente faz uma primeira análise, mas quem tem a palavra final é o congresso", afirmou Nestor Castilho Gomes, professor de Direito Constitucional da Univille.

Procedimento formal

O decreto de intervenção precisa ser enviado ao Congresso em 24 horas. A Câmara e o Senado vão decidir, separadamente, se aprovam ou rejeitam o decreto em votações por maioria simples. Na Câmara, a análise deve ser feita na semana que vem.

Outro órgão que também deve se manifestar sobre a medida é o Conselho da República, que é formado pelo vice-presidente, os presidentes da Câmara e do Senado, os líderes da maior e da minoria nessas duas Casas, o ministro da Justiça e mais 6 cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos – 2 nomeados pelo Presidente, 2 eleitos pelo Senado e 2 eleitos pela Câmara.

A Constituição não especifica em qual momento o Conselho deve se pronunciar, mas segundo Gomes há um entendimento de juristas constitucionais de que ele deveria ser consultado antes do decreto. Até agora não há notícia de que o conselho foi convocado.

Além dele, o Conselho de Defesa Nacional também deve se manifestar em casos de intervenções federais. Ele é quase igual ao Conselho da República, mas sem os 6 cidadãos brasileiros, que são substituídos pelo ministro da Justiça.

"A ausência de manifestação destes dois conselhos tornaria o decreto inconstitucional", afirma Nestor Gomes.
Consequências

Enquanto um estado estiver sob intervenção federal, o Congresso não pode aprovar mudanças na Constituição. Por exemplo, a reforma da Previdência, que está em tramitação, não poderá ser votada durante a intervenção no Rio.

Dentro do governo, chegou a ser discutida a hipótese de a intervenção ser suspendida durante a votação da PEC da Previdência, e depois retomá-la. Mas ainda não há definição sobre essa estratégia.

"Não vejo nenhum sentido jurídico nisso: seria deturpar o que está dizendo a Constituição. Para evitar que o presidente faça alterações de viés autoritário e para resguardar o texto constitucional, o artigo 60 diz que não pode haver emenda se for decretado estado de sítio, estado de defesa ou intervenção federal", explica Daniel Falcão.

No entanto, a medida não afeta as eleições. "A intervenção federal é uma interferência excepcional de um ente no outro. E o decreto determina o objeto da interferência. Neste caso está claro que é segurança pública, embora exista possibilidade de intervenção mais ampla, no governo todo", afirma Eduardo Mendonça, advogador constitucionalista.

Sobre a possibilidade de a intervenção avançar a outras áreas além da segurança pública, Falcão avalia que "isso é uma dúvida que vai ser respondida provavelmente pelo Supremo Tribunal Federal (STF)".

"Como nunca aconteceu desde a Constituição de 1988, não se sabe se é possível uma intervenção total. Provavelmente alguém vai provocar o STF para tratar do assunto: ou a Procuradoria ou um partido político, por exemplo.



Futuro do país não vai ser definido por 11 "iluminados", diz Toffoli, em palestra


Do Conjur 

16 de fevereiro de 2018, 7h15

O Supremo Tribunal Federal tem de se ater às suas funções de intérprete da Constituição e executá-la com precisão, sem exageros. Essa foi a mensagem passada pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, durante evento nos EUA.

Ministro defendeu que combate à corrupção resulta de evolução legislativa.
Carlos Moura/SCO/STF

Segundo o magistrado, "não são 11 cabeças iluminadas, ou meia dúzia, que é o que forma a maioria, que são capazes de discutir o futuro do Brasil", conforme noticiou O Estado de S. Paulo.
Toffoli destacou ainda que o combate à corrupção no Brasil é consequência da evolução legislativa vista no país desde o início dos anos 2000 e não fruto do trabalho de um “herói”, seja ele juiz ou promotor.
A ideia de que os crimes vistos no mundo político são resolvidos a partir do heroísmo de alguns, disse o ministro, “joga contra as instituições". "Não é a vontade de um grupo de membros da magistratura ou do Ministério Público ou da polícia. É muito mais do que isso. É um projeto de Estado, é um projeto de nação, é um projeto de sociedade desenvolvida, democrática, em que os controles acontecem e as instituições funcionam", disse.
Em sua apresentação, durante evento sobre o combate à corrupção promovida pela American University, Toffoli mostrou o histórico das mudanças recentes em leis relacionadas ao combate ao crime do colarinho branco. Ele defendeu que, ao contrário do que se pensa, essas normas foram formuladas a partir do debate no Legislativo e aprovadas pelo Executivo.
Esse contexto, afirmou, independente do número de parlamentares ou chefes do Executivo investigados, acusados, condenados e presos, impede o Judiciário de “satanizar a política ou os políticos, porque ali é a seara do jogo democrático”.
"Essas leis foram aprovadas pelo Congresso Nacional, Congresso Nacional eu citei aqui, que tem dezenas ou centenas de processos em investigação, mas foi este o poder democrático que o fez [...] Foram presidentes da República que hoje são investigados ou condenados que fizeram a sanção dessas normas ou que propuseram essas normas."
Ele exemplificou essa mudança destacando que até 2001, quando o Supremo não podia processar parlamentares sem a autorização das respectivas casas legislativas, foram analisados, desde 1924, seis casos. Mas, ponderou, desde a mudança, os processos já totalizam 633. "Muitos parlamentares que votaram a favor dessa emenda hoje são investigados e processados. Inclusive um, que era o maior defensor, que era o presidente da Câmara dos Deputados naquela época", finalizou Toffoli.


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