Os moradores mais antigos deste lado do Maranhão afirmam que as terras daqui já foram as mais férteis do Estado. Não é a toa que uma das mais importantes vicinais da região ganhou o simpático nome de “Estrada do Arroz”, alusão, conforme os historiadores, a um dos ciclos econômicos mais fortes vividos pelo município ( de Imperatriz e região).
“Tudo isso ficou para trás” diz o lavrador Raimundo Pereira de Sousa, 65, o popular Vigário. Ele mora no Projeto de Assentamento São Jorge, no município de Cidelândia e garante que há pelo menos três anos a produção dos pequenos lavradores, notadamente das roças no toco, só diminui.
Segundo eles, anos atrás em duas linhas de roça de arroz, colhia-se entre 23 a 30 volumes ( sacas) hoje, colhe-se menos da metade disso.
O lavrador disse que as plantas não conseguem se desenvolver. “O feijão engrossa as folhas, o milho também é fraco. Para você ter a idéia a terra ficou ruim até pra capim.
"Penso que daqui algum tempo comece a faltar alimento na mesa dos pobres, como eu” disse um entristecido lavrador que ressaltou que na terra que já foi do arroz, do milho, do feijão, apenas a mandioca é produzida em abundancia.
"Penso que daqui algum tempo comece a faltar alimento na mesa dos pobres, como eu” disse um entristecido lavrador que ressaltou que na terra que já foi do arroz, do milho, do feijão, apenas a mandioca é produzida em abundancia.
Conta o lavrador que um dos motivos para o “enfraquecimento da terra” é um “inseto”, que não soube dizer nome que virou uma praga e não deixa nada se desenvolver. Ele conta que alguns técnicos já estiveram na região estudando o problema “ mas até agora tudo não passou de estudo”
Raimundo Vigário disse ainda esperar que as autoridades, seja municipal, estadual ou federal, ajudem a região ( Cidelândia) a recuperar a força da terra e com isso impedir que no futuro falte “comida nas nossas mesas”