9/26/2011

"Terra Morta": lavrador prevê falta de alimentos na região


Os moradores mais antigos deste lado  do Maranhão afirmam que as terras daqui já foram  as mais férteis do Estado.  Não é a toa que   uma das mais importantes vicinais da região ganhou o simpático  nome de “Estrada do Arroz”,    alusão, conforme os historiadores,  a um dos ciclos econômicos mais fortes   vividos pelo município  ( de Imperatriz e região).

“Tudo isso ficou para trás”  diz o lavrador Raimundo Pereira de Sousa, 65, o popular Vigário. Ele mora no Projeto de Assentamento São Jorge, no município de Cidelândia  e garante  que há pelo menos três anos a produção dos pequenos lavradores, notadamente das roças no toco, só diminui.

Segundo eles, anos atrás em duas linhas de roça de arroz, colhia-se entre 23 a 30 volumes ( sacas) hoje, colhe-se menos da metade disso.

O lavrador disse que as plantas não conseguem se desenvolver. “O feijão engrossa as folhas, o  milho também é  fraco. Para você ter a idéia  a terra ficou ruim até pra capim.   


"Penso que daqui algum tempo comece a faltar alimento na mesa dos pobres, como eu” disse   um entristecido lavrador que ressaltou que na terra que já foi do arroz, do milho, do feijão,   apenas a mandioca é produzida em abundancia.

Conta o lavrador que um dos motivos para o “enfraquecimento da terra” é um   “inseto”, que não soube dizer nome que virou uma praga e não deixa nada  se desenvolver. Ele conta que alguns técnicos já estiveram na região estudando o problema  “ mas até agora   tudo não passou de estudo”

Raimundo Vigário disse ainda esperar que  as autoridades, seja municipal, estadual ou federal,  ajudem a região ( Cidelândia)  a recuperar a força da terra e com isso impedir que no futuro  falte “comida nas nossas  mesas”
  

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