Programa é considerado referência para outros
municípios.
Promover a sensibilização da população sobre a
importância da prevenção do diagnóstico e tratamento das hepatites no município
de Imperatriz. Esse é o objetivo do trabalho de conscientização que está sendo
feito pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio do Programa de
Hepatites Virais, que funciona no complexo de saúde do Parque Anhanguera.
Considerada uma doença silenciosa, a hepatite
(inflamação do fígado) pode ser causada por vírus, uso de medicamentos, álcool
e outras drogas. A doença é autoimune, metabólica e genética.
A enfermeira Luzivânia da Silva Sousa, coordenadora
do Programa de Hepatites Virais, assinala que o projeto é novo, mas tem sido
dinamizado no sentido de sensibilizar os jovens sobre a importância de prevenir
a doença. “Existe ainda muita falta de informação, pois é uma doença
silenciosa, mas temos buscado repassar à população os meios de preveni-la”, disse.
Ela ressalta que durante o período carnavalesco o
programa distribuiu preservativos e panfletos educativos à comunidade sobre os
vários tipos de hepatites virais. “A hepatite não deixa de ser também uma
Doença Sexualmente Transmissível – DST”, observa.
Luzivânia Silva lembra ainda que o programa
disponibiliza consultas na unidade do Centro de Referência, no Parque
Anhanguera. “Pela manhã funciona o programa de DST, e durante o período
vespertino o de hepatites virais”, esclarece.
Orientação aos alunos do ensino fundamental
A iniciativa em difundir o programa é elogiada pelo
professor Vanderlei Silva da Cunha, da Escola Municipal Davi Alves Silva,
sediado em Davinópolis - 10 km de Imperatriz.
Para ele, o programa é considerado referência para
vários municípios das regiões sul e sudoeste do Maranhão, inclusive para a
capital São Luís. “Pelo menos 33 alunos do ensino fundamental participaram de
palestra sobre hepatites virais realizada no auditório do Centro de Referência,
bem como conheceram o laboratório da unidade de saúde de Imperatriz”, frisou.
O professor Vanderlei Silva, que agradeceu a
parceria com o município de Imperatriz, reiterou a importância do Programa de
Hepatites Virais no processo de difusão do conhecimento, prevenção e
diagnóstico da doença. “Esses são alunos do nono ano, pois considerados
necessário que tenham essa vivência”, contou.
Saiba mais sobre hepatites virais
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as
causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais
frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos
vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem
(tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e
câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de
rotina que detectam a hepatite.
Para saber se há a necessidade de realizar exames
que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas
situações:
Contágio fecal-oral: condições precárias de
saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido,
compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros
objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D);
Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante
a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D)
No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo
de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
Gil Carvalho - ASCOM