Imperatriz mudou, e mudou
para melhor, principalmente na busca pelo saber acadêmico. Não são poucas as
pessoas que “inconformadas com a simples graduação” se espraiam pelo Brasil em
busca de conhecimento nas especializações, pós-graduações, mestrados e
doutorados. Aliás, nos últimos anos por conta da transformação da cidade em
polo universitário, aqui aumentou o número de mestres e doutores. A imposição desse mercado por gente
qualificada também tem sido importante para que a cidade prospere no processo
de aperfeiçoamento dos seus cérebros.
Orgulhosamente hoje é possível afirmar que é cada
vez maior o número de pessoas da cidade, nos diversos campos do saber, e com
vocação para pesquisas, que tem procurado se qualificar; algumas até no
exterior. Antes o alvo era pelo menos a conclusão do ensino médio. Hoje, além
da graduação o alvo são as especializações, os mestrados os doutorados. Ninguém
quer ficar para trás. A estimativa é de que Imperatriz tenha hoje
pelo menos 70 doutores. Só no campus da UFMA, conforme a direção daquela
instituição de ensino, são mais de 60 professores com doutorado.
Para se ter uma ideia
desse novo tempo da cidade na lista de
chamada da turma de doutorado em Direito
da Alfa-Fadisp- (SP) dos dez alunos matriculados no curso sete são de Imperatriz entres eles os professores Wilker Batista,
Thiago Pestana, Ediana di Franco, Marcio
Miranda, Marcia Girardi e Vilmara.
O mais importante é que destes acima todos têm vida aqui, trabalham aqui e até onde se sabe, não têm interesse nenhum de deixar a cidade. Sem
dúvida nenhuma algo a ser comemorado. Imperatriz, que já conta com diversos
doutores na área da educação, desenvolvimento regional, comunicação, filosofia
e saúde passará a ter sete novos
doutores numa das áreas nobres do
conhecimento que é o Direito. A educação
em movimento e estimulando a médio, e
longo prazos uma mudança real na nossa comuna.
Vale aqui ressaltar que o
mundo está cheio de pensadores que em alguma ocasião falaram em tom solene
sobre o caráter da mudança. Uns no campo filosófico, outros com ênfase na
educação. O insigne educador brasileiro Paulo Freire, por exemplo, ao raciocinar sobre o tema numa de suas obras
afirma, que “a educação não muda o mundo”. A educação, segundo ele, na verdade
muda as pessoas, que transformam o mundo.
De fato, está mais do que provado o poder da
educação no processo de mudança, seja subjetiva ou objetivamente; oriunda do
processo acadêmico ou da observação e apreensão natural dos
fenômenos da natureza.
Imperatriz tem passado por significativas mudanças
em cada um dos seus ciclos tão decantados por seus historiadores. Do sumo dos
ciclos do arroz, da Madeira, do Ouro, do comércio e dos serviços, a cidade pôde
extrair o positivo e o negativo nos campos econômico e social sendo que nos
últimos anos o município começou a trilhar por uma nova vertente de
desenvolvimento paralela com o crescimento econômico, carreado pela vinda de
grandes empresas como a indústria de celulose Suzano, ou seja, o aumento do capital intelectual, fenômeno que,
como ressaltado no inicio do texto,
começa a ser sentido e percebido e que
vai mudar de patamar a cidade.
Imperatriz, quando nos referimos ao ensino publico superior presencial representado pela UEMA, UFMA, IFMA soma 20 cursos. Somados
aos cursos da iniciativa privada a cidade abriga hoje, fora os EAD (
Ensino á Distância) cerca de 50 cursos superiores que por uma exigência legal
necessitam para compor o quadro de docentes, de
mestres e doutores, dai a expansão desse mercado.
O jornalista Marcos Fábio Belo Matos, doutor em
Linguística e Língua Portuguesa, pela UNESP de Araraquara (SP), se mostra
otimista com esse novo rumo desenvolvimentista da cidade. Ele entende que
“os doutores trazem a ampliação do universo da pesquisa, da extensão, produzem
conhecimento local, amplificam o olhar crítico e fazem a cidade crescer
intelectualmente”.
Já o economista Enéas Rocha, doutor em
Desenvolvimento Sustentável, doutorado que foi buscar em Belém (PA) na UFPA,
acredita que esse processo de ebulição educacional pelo qual passa a cidade em
médio prazo trará grandes benefícios à região com a sobressalente melhoria no
ensino superior, e do estimulo á pesquisa. Doutor em desenvolvimento regional,
o administrador de empresas e hoje vereador, Esmerahdson
de Pinho, diz não restar mais dúvida que a cidade hoje é um grande polo
educacional e caminha para se tornar polo de desenvolvimento científico o que,
avalia ele, além de aumentar o capital intelectual, trará
melhorias na formação do material humano e fomento à produção científica.
Diante dos olhos de
toda a cidade portanto, a
pacificação do ensinamento de Paulo Freire de que a educação muda as
pessoas que podem transformar o mundo, e
no nosso caso, transformar Imperatriz na capital do
conhecimento.