4/12/2015

Capital do Conhecimento


Imperatriz mudou, e mudou para melhor, principalmente na busca pelo saber acadêmico. Não são poucas as pessoas que “inconformadas com a simples graduação” se espraiam pelo Brasil em busca de conhecimento nas especializações, pós-graduações, mestrados e doutorados. Aliás, nos últimos anos por conta da transformação da cidade em polo universitário,  aqui  aumentou o número de mestres e  doutores. A imposição desse mercado por gente qualificada também tem sido importante para que a cidade prospere no processo de aperfeiçoamento dos seus  cérebros.

Orgulhosamente hoje é possível afirmar que é cada vez maior o número de pessoas da cidade, nos diversos campos do saber, e com vocação para pesquisas, que tem procurado se qualificar; algumas até no exterior. Antes o alvo era pelo menos a conclusão do ensino médio. Hoje, além da graduação o alvo são as especializações, os mestrados os doutorados. Ninguém quer ficar para trás. A estimativa é de que Imperatriz tenha  hoje pelo menos 70 doutores. Só no campus da UFMA, conforme a direção daquela instituição de ensino, são mais de 60 professores com doutorado.

Para se ter uma ideia desse novo tempo da cidade   na lista de chamada da turma de doutorado em Direito  da Alfa-Fadisp- (SP) dos dez alunos matriculados no curso  sete são de Imperatriz  entres eles os professores Wilker Batista, Thiago Pestana, Ediana di Franco,  Marcio Miranda, Marcia Girardi  e Vilmara. 

O mais  importante é que destes acima  todos têm vida aqui, trabalham aqui e  até onde se sabe,  não têm interesse nenhum de deixar a cidade. Sem dúvida nenhuma algo a ser comemorado. Imperatriz, que já conta com diversos doutores na área da educação, desenvolvimento regional, comunicação, filosofia e saúde  passará a ter sete novos doutores numa das  áreas nobres do conhecimento que é o Direito.  A educação em movimento e estimulando  a médio, e longo prazos uma mudança real na nossa comuna.
Vale aqui ressaltar que o mundo está cheio de pensadores que em alguma ocasião falaram em tom solene sobre o caráter da mudança. Uns no campo filosófico, outros com ênfase na educação. O insigne educador brasileiro Paulo Freire, por exemplo,  ao raciocinar sobre o tema numa de suas obras afirma, que “a educação não muda o mundo”. A educação, segundo ele, na verdade muda as pessoas, que transformam o mundo.

De fato, está mais do que provado o poder da educação no processo de mudança, seja subjetiva ou objetivamente; oriunda do processo acadêmico ou da  observação e apreensão natural dos fenômenos da natureza. 

Imperatriz tem passado por significativas mudanças em cada um dos seus ciclos tão decantados por seus historiadores. Do sumo dos ciclos do arroz, da Madeira, do Ouro, do comércio e dos serviços, a cidade pôde extrair o positivo e o negativo nos campos econômico e social sendo que nos últimos anos o município começou a trilhar por uma nova vertente de desenvolvimento paralela com o crescimento econômico, carreado pela vinda de grandes empresas como a indústria de celulose Suzano, ou seja,  o aumento do capital intelectual, fenômeno que,  como ressaltado no inicio do texto, começa a ser sentido e  percebido e que vai mudar de patamar a  cidade.

Imperatriz, quando nos referimos  ao ensino publico superior  presencial representado pela UEMA, UFMA, IFMA  soma 20  cursos.  Somados aos cursos da iniciativa privada a cidade abriga hoje, fora  os EAD ( Ensino á Distância) cerca de 50 cursos superiores que por uma exigência legal necessitam  para compor o quadro de docentes,  de mestres e doutores, dai a expansão desse mercado.

O jornalista Marcos Fábio Belo Matos, doutor em Linguística e Língua Portuguesa, pela UNESP de Araraquara (SP), se mostra otimista com esse novo rumo desenvolvimentista da cidade.  Ele entende que “os doutores trazem a ampliação do universo da pesquisa, da extensão, produzem conhecimento local, amplificam o olhar crítico e fazem a cidade crescer intelectualmente”.

Já o economista Enéas Rocha, doutor em Desenvolvimento Sustentável, doutorado que foi buscar em Belém (PA) na UFPA, acredita que esse processo de ebulição educacional pelo qual passa a cidade em médio prazo trará grandes benefícios à região com a sobressalente melhoria no ensino superior, e do estimulo á pesquisa. Doutor em desenvolvimento regional, o administrador de empresas e hoje vereador, Esmerahdson  de Pinho, diz não restar mais dúvida que a cidade hoje é um grande polo educacional e caminha para se tornar polo de desenvolvimento científico o que, avalia  ele, além de aumentar o capital intelectual,  trará melhorias na formação do material humano e fomento à produção científica.  


Diante  dos olhos de toda a cidade  portanto,  a pacificação  do ensinamento de Paulo Freire de que a educação muda as pessoas que podem transformar o mundo,  e no nosso  caso,  transformar Imperatriz na capital do conhecimento.

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