FOTO: Explosão é vista na capital ucraniana Kiev no dia 24 de fevereiro - Foto: Gabinete do Presidente da Ucrânia via EBC
Não é possível precisar quando
essa guerra da Russia X Ucrânia terá fim, mas já é possível determinar quem já leva a pior: A população civil, severamente
penalizada com a perda de vidas, o patrimônio, e com o comprometimento do
presente e do futuro.
Conforme estimativa da Faculdade
de Economia de Kiev, o prejuízo causado pela guerra até o último dia 24 de março,
era de US$ 63 bilhões (R$ 298
bilhões na cotação atual) em danos à infraestrutura do país.
Seja qual for o desfecho o
território ucraniano, rico em minério de ferro, carvão, manganês, grafite,
titânio, magnésio, níquel e madeira, e com uma economia, até então de base
industrial, vai precisar de uma monumental mobilização para ser reconstruído.
Se a Rússia vencer, não resta
dúvida a grande protagonista dessa reconstrução será a China, aliada de Putim, se
a Ucrânia conseguir afastar os invasores entra em cena a OTAN, liderada pelos
Estados Unidos.
Constata-se implicitamente,
desde agora, outra guerra sendo travada: a guerra pela hegemonia, pela
supremacia mundial; tendo de um lado o “império capitalista” comandado pelos Estados
Unidos e na outra ponta o “império comunista” liderado pela China.
Não resta dúvida que esse
conflito, de um jeito ou de outro, vai bulir com a geografia mundial.
“O
que precisamos é de um agente capaz de intervir [...] de conter epidemias,
depor tiranos, pôr fim a guerras locais e erradicar as organizações terroristas” Niall Ferguson, 2004, na sua obra Colossus, citado por
Moisés Naim, em O Fim do Poder (2015)