12/09/2009

Líder indígena da região integra missao em defesa dos direitos indigenas na Europa: Sônia Guajajara é ex-professora da Apae de Imperatriz



Recebo da minha amiga Sônia Guajajara, relato se sua mais recente viagem à Europa em missão em defesa dos direitos indígenas.

Além da Europa, nesse mister, ela já esteve em vários paíse da América Latina e também no Canadá e Estados Unidos. Fica cada vez mais distante de Imperatriz.



A delegação teve o objetivo de divulgar a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB, uma organização criada para defender os Direitos Indígenas, a partir da articulação e união entre os povos e organizações indígenas das distintas regiões do Brasil.

A delegação foi composta por três representantes, Sônia Guajajara- Vice coordenadora da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB, Romancil Cretan Kaingang – Coordenador Geral da Articulação dos Povos Indígenas do Sul – Arpin Sul e Mauro Terena Representante da Comissão permanente em Brasília da Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal – ARPINPAN.

Ao longo de oito dias pela Holanda e Alemanha, o grupo se reuniu com representantes de Organizações não governamentais, Parlamentares, estudantes, pesquisadores e imprensa de Haia, Amsterdan e Berlim para reuniões, encontros, debates e posicionamentos do Movimento Indígena Brasileiro sobre os mais variados temas, como, Mudanças climáticas, REDD, Construção de Hidroelétricas, Monoculturas e Programa de Aceleração do Crescimento- PAC do Governo Federal.

Idéias

Apresentou-se as idéias construídas no movimento indígena afirmando que a política do estado brasileiro segue um viés desenvolvimentista econômico em detrimento das recomendações e demandas socioambientais atestadas pela comunidade científica.

“Somos favoráveis ao desenvolvimento do país mas não concordamos com a forma impositiva como está sendo implantado todos esses grandes projetos, como a Hidroelétrica de Belo Monte que afeta diretamente toda a biodiversidade e os povos tradicionais do santuário do RIO XINGU. O governo não respeita as leis conforme preconiza a Constituição Federal e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho- OIT, que garante aos povos indígenas o Direito à consulta Livre, Prévia e Informada”. Afirma Sônia Guajajara para uma entrevista de rádio em Berlim.

Plantação de Soja

Durante as reuniões surgiram vários questionamentos para os indígenas em relação aos critérios para a produção sustentável de soja.” Cretan Kaingang afirmou que desconhece qualquer critério ou parâmetro neste sentido, ”pois o que temos sentindo concretamente são os impactos negativos causados pela expansão da soja em especial na Região Sul e Sudoeste do país, provocadas pela utilização irresponsável dos agrotóxicos que causam poluição das águas e transmissão de doenças de pele,” dentre tantos outros problemas.

Para complementar, Mauro Terena, reafirma que hoje os Guaranis Kaiowá , vivem marginalizados à beira das estradas do MS ameaçados pelos fazendeiros e donos do agronegócio. Tudo isso causado pela política do governo que favorece a expansão das monoculturas.

Resultado

Como resultado das reuniões , os representantes indígenas avaliam que a imagem da APIB foi consolidada perante as organizações com as quais mantiveram contatos e abriu-se novas possibilidades de apoios e parcerias tanto para a execução das ações da APIB como para as organizações que a compõem: COIAB, APOINME, ARPINSUL, ARPINSUDESTE E ARPINPAN.

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