Mesmo com o advento dos
meios que hoje permitem a leitura sem o manuseio, via tablets, smartPhones,
notes, ou mesmo no velho PC, nada substitui o prazer de tocar, explorar
manualmente cada página, sentir o cheiro de tinta fresca e devorar
calmamente o noticiário de cada
dia de O Progresso, um respeitável
“senhor” que neste 3 de Maio completa 44
anos de relevantes serviços prestados à comunicação social de Imperatriz e do
Maranhão. A coluna de hoje não poderia
fazer referência a outro assunto a não ser a essa data das mais importantes
para Imperatriz e para o Maranhão.
Imagino nesses tempos do
nosso Senhor Jesus Cristo de avanços tecnológicos, da noticia em tempo real por
meio dos blogs e sites convencionais;
das redes de comunicação internas e externas, o esforço
da direção, dos editores, diagramadores, revisores e gráficos, de O Progresso para
que todos os dias, ( menos às segundas)
seja dia de chuva ou sol, pôr nas ruas e nas bancas mais uma edição do expressão regional, um
privilégio de poucas cidades do porte
de Imperatriz Brasil a fora.
Raras cidades brasileiras
assemelhadas a Imperatriz têm o orgulho de um jornal diário. O que há, na
grande maioria das vezes, são periódicos, semanais, quinzenais ou mensais. Aqui, há 44 anos, temos o prazer pessoal de
diariamente poder abrir o nosso Progresso, um hábito que nos enche de
satisfação.
Desde que me compreendi como
ser pensante que ouço falar em crise como sinônimo de escassez e de dificuldades.
Em se tratando de Brasil a palavra já se incorporou ao cotidiano. Nos oitos
anos de governo do PSDB o país enfrentou
pelo menos oito crises internacionais, o Governo do PT já passou por
pelo menos duas provocando sérios problemas econômicos. Muitas empresas não
resistiram, já o nosso Progresso não só
testemunhou e registrou essas crises
como resistiu a todas elas. O Jornal é um caso raro de resistência e
longevidade de um veiculo de comunicação impresso no interior do Brasil. Virou,
sem exagero, um “case”, um objeto de estudo.
Pelo que hoje representa
posso, com convicção, afirmar que o Jornal O Progresso transcende ao patrimônio
pessoal de seus proprietários. Quem os
conhece sabe que eles se quisessem há muito tempo já poderiam, ter fechado as
portas e partido com sucesso para outras atividades menos trabalhosas. Sergio
pai e Sérgio Filho merecem o respeito, o aplauso e a admiração dos maranhenses
por se manterem firmes na condução do Jornal e tê-lo transformado num
patrimônio da atual e das futuras gerações, num verdadeiro caso de amor da
cidade.
O Progresso tem o mérito não
só de ser uma testemunha viva da nossa história, mas também de ser ter sido e
ainda ser a “porta” de entrada e a
escola para muitos profissionais de comunicação da cidade que assim como eu
encontraram nas suas editorias a oportunidade para o exercício do oficio e o
estágio para outros vôos.
Minha relação com o Jornal
começou já na condução de Sergio Godinho que apostou e confiou no nosso
trabalho. Foram quatro anos e meio de carteira assinada. Ainda lembro do dia,
depois de quase duas semanas de preparação, que entrei na sua sala para lhe
comunicar que ia deixar a casa para ser correspondente do Jornal O Estado do
Maranhão , a convite, da então diretora
comercial Tereza Eugênia e por coincidência do saudoso jornalista Jurivê
Macedo, aquele que ao lado de
José Matos Vieira, fundara O Progresso nos anos 70. As palavras ali naquele
momento emocional foram de incentivo e o
choro foi inevitável.
Quebramos o vínculo laboral,
mas nunca o sentimental. A amizade e o carinho por todos que constroem O
Progresso continua até hoje; o vínculo como colaborador esporádico permaneceu,
e agora nessa nova fase, com um espaço semanal que muito me envaidece. Só tenho
agradecimentos a fazer sempre ao grande “Dom Godinho”
Parabéns a todos que fazem O
Progresso de Imperatriz.