Empresário, administrador de empresa, professor universitárioe estudante de Direito.
Até aonde vai o direito do cidadão de transformar as vias públicas em
vagas privativas para estacionar seu carro? Que adjetivo devemos dar ao
indivíduo, que ao invés de disponibilizar as poucas vagas em frente ao seu
estabelecimento comercial para os clientes, utiliza-as como vaga privativa? O
que leva um legislador municipal provocar uma audiência pública, como se a
“casa do povo”, não tivesse mais o que fazer, simplesmente para atender seu
egocentrismo, suas birras e manhas pessoais?
Isto é o que vai acontecer na manhã desta quinta-feira (21) na câmara de
vereadores de Imperatriz. O atual presidente daquela casa, utilizando-se das
prerrogativas que lhe concede o cargo, convoca uma audiência pública para
discutir o retrocesso do sistema de estacionamento na via pública denominada
Av. Dorgival Pinheiro de Sousa, recentemente implantado pela SETRAN.
Muito me admira, e nem quero acreditar que alguns dos nomes daquela casa
dos quais, conheço e até tenho admiração, estejam compactuando com uma atitude
demente, retrógrada e por que não dizer ignorante. Aliás, um
indivíduo com este tipo de mentalidade nem deveria ter voltado para a função de
vereador, quanto mais assumir o comando de uma casa de leis.
As vias públicas de Imperatriz que são verdadeiras “garagens” a céu
aberto, ainda que de forma paulatina, estão aos poucos sendo moldadas pelo
Governo Municipal, seguindo um padrão de modernidade, disciplinando, permitindo
ou proibindo o estacionamento de acordo com a função das vias arteriais
principais, secundárias e coletoras.
Há de se convir que Imperatriz não é mais aquela cidade composta por
alguns poucos veículos. A realidade é outra. Já não se consegue mais encontrar
vagas de estacionamento como outrora. Algumas vias já deveriam ter saída da
categoria de artéria secundária para via principal.
O disciplinamento quanto à forma de estacionar nas ruas faz se
necessário e urgente. É um clamor de todos, tanto proprietários de veículos
como os donos de estabelecimentos que pensam no bem comum. Percebe-se que aos
poucos a SETRAN vem implantando, avaliando e reavaliando as mudanças. Também
estão sendo observados os pontos críticos de congestionamento, de circulação e
de risco de acidente. Tais medidas fazem parte do que podemos chamar de
“mobilidade urbana” e deve atingir diversas áreas principalmente do
Centro.
Como mencionei em outra postagem, o papel do poder público no que
concerne a organização de trânsito, dentre outros, é descongestionar, fazer o
transito fluir, desenvolver mecanismos para melhorar a mobilidade urbana. E
isto é visível que o governo municipal, através da SETRAN vem realizando.
Enquanto cidades como Manaus (AM), Recife (PE), Belo Horizonte (MG),
Belém (PA), Sete Lagoas (MG) dentre outras tantas cidades buscam soluções para
fazer o transito fluir. Aqui, na segunda maior cidade do Maranhão, temos
pessoas que se dizem detentoras de conhecimento, que por questões
individualistas, partidárias e birra, querem por força modificar ações que vem
produzindo efeito disciplinador e melhorando comportamentos no transito.
Caros leitores, “não há como fazer omelete sem quebrar os ovos”.
Então, se têm lojistas reclamando que o “SEU” lado da rua foi prejudicado por
ter sido tirado o estacionamento, lamento, mas esses “ditos” nem deveriam morar
em centros urbanos. E o pior, se tem vereadores compactuando com tal demência,
então sugiro ao nobre presidente da casa das leis de Imperatriz e seus
seguidores, que tentem criar uma lei municipal colocando o estacionamento no
MEIO da avenida. Assim, irão atender satisfatoriamente suas necessidades
individuais narcisistas e também aqueles ditos comerciantes pobres de espirito
e de mentalidade.