5/21/2015

Audiência Pública: Caso Av. Dorgival Pinheiro


Empresário, administrador de empresa, professor universitárioe estudante de Direito.

Até aonde vai o direito do cidadão de transformar as vias públicas em vagas privativas para estacionar seu carro? Que adjetivo devemos dar ao indivíduo, que ao invés de disponibilizar as poucas vagas em frente ao seu estabelecimento comercial para os clientes, utiliza-as como vaga privativa? O que leva um legislador municipal provocar uma audiência pública, como se a “casa do povo”, não tivesse mais o que fazer, simplesmente para atender seu egocentrismo, suas birras e manhas pessoais?

Isto é o que vai acontecer na manhã desta quinta-feira (21) na câmara de vereadores de Imperatriz. O atual presidente daquela casa, utilizando-se das prerrogativas que lhe concede o cargo, convoca uma audiência pública para discutir o retrocesso do sistema de estacionamento na via pública denominada Av. Dorgival Pinheiro de Sousa, recentemente implantado pela SETRAN.

Muito me admira, e nem quero acreditar que alguns dos nomes daquela casa dos quais, conheço e até tenho admiração, estejam compactuando com uma atitude demente, retrógrada e por que não dizer ignorante. Aliás, um indivíduo com este tipo de mentalidade nem deveria ter voltado para a função de vereador, quanto mais assumir o comando de uma casa de leis.

As vias públicas de Imperatriz que são verdadeiras “garagens” a céu aberto, ainda que de forma paulatina, estão aos poucos sendo moldadas pelo Governo Municipal, seguindo um padrão de modernidade, disciplinando, permitindo ou proibindo o estacionamento de acordo com a função das vias arteriais principais, secundárias e coletoras.

Há de se convir que Imperatriz não é mais aquela cidade composta por alguns poucos veículos. A realidade é outra. Já não se consegue mais encontrar vagas de estacionamento como outrora. Algumas vias já deveriam ter saída da categoria de artéria secundária para via principal.

O disciplinamento quanto à forma de estacionar nas ruas faz se necessário e urgente. É um clamor de todos, tanto proprietários de veículos como os donos de estabelecimentos que pensam no bem comum. Percebe-se que aos poucos a SETRAN vem implantando, avaliando e reavaliando as mudanças. Também estão sendo observados os pontos críticos de congestionamento, de circulação e de risco de acidente. Tais medidas fazem parte do que podemos chamar de “mobilidade urbana” e deve atingir diversas áreas  principalmente do Centro.

Como mencionei em outra postagem, o papel do poder público no que concerne a organização de trânsito, dentre outros, é descongestionar, fazer o transito fluir, desenvolver mecanismos para melhorar a mobilidade urbana. E isto é visível que o governo municipal, através da SETRAN vem realizando.

Enquanto cidades como Manaus (AM), Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Sete Lagoas (MG) dentre outras tantas cidades buscam soluções para fazer o transito fluir. Aqui, na segunda maior cidade do Maranhão, temos pessoas que se dizem detentoras de conhecimento, que por questões individualistas, partidárias e birra, querem por força modificar ações que vem produzindo efeito disciplinador e melhorando comportamentos no transito.

Caros leitores, “não há como fazer omelete sem quebrar os ovos”. Então, se têm lojistas reclamando que o “SEU” lado da rua foi prejudicado por ter sido tirado o estacionamento, lamento, mas esses “ditos” nem deveriam morar em centros urbanos. E o pior, se tem vereadores compactuando com tal demência, então sugiro ao nobre presidente da casa das leis de Imperatriz e seus seguidores, que tentem criar uma lei municipal colocando o estacionamento no MEIO da avenida. Assim, irão atender satisfatoriamente suas necessidades individuais narcisistas e também aqueles ditos comerciantes pobres de espirito e de mentalidade.


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