Percebe-se
hoje claramente uma profunda inquietação coletiva da alma humana em todo o mundo.
Assim
como a economia a insatisfação com o status quo também se globalizou. Ninguém
está satisfeito.
Do
oriente ao ocidente o que se ver são manifestações e protestos contra quase
tudo. Do preço da ração para gato, melhores salários, saúde e transporte;
passando pela violência, governos opressores e comprovadamente corruptos, até
contra quem maltrata os animais. Os protestos se multiplicam.
O homem
vive um momento de transbordo, solta gritos em todos os quadrantes da Terra e
começa a redescobrir o poder e a força da junção das vozes; da capacidade de
transformar a sociedade e moldar, ou modificar o poder estabelecido.
Um
sentimento nobre que não pode ser contaminado pelos oportunistas de plantão;
caso contrário, tudo, dependendo de cada caso, pode se transformar num jogo político
sujo da pior espécie.
Penso que
é hora de um reordenamento comportamental dessa aldeia global, com a quebra de
paradigmas, de verdades impostas e do surgimento de uma nova ordem que reúna
homens e mulheres desprovidos do sentimento autofágico; sentimento esse que tem
produzido intolerâncias, interesses espúrios, guerras, assassinatos e desvios
de recursos públicos.
É hora do
ser humano parar de se alimentar de outros seres humanos.
Como diz
o bispo de Imperatriz Dom Gilberto Pastana, que nos deixa este mês, toda
ação humana gera vida ou morte. Essa assertiva pode se completar ao se afirmar
que o homem tem a capacidade de escolher o que deseja gerar.
Thomas
Hobbes dizia que o ser humano é movido pelo desejo e pelo medo. O bom é que
nesse momento o desejo é por uma sociedade humanizada, justa e Fraterna, por um
mundo melhor.