Parlamentar maranhense defendeu o trabalho do ministro Moro e questionou a autenticidade das mensagens vazadas
Após
oito horas de sessão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, esclareceu
na Comissão de Constituição e Justiça do Senado o vazamento das mensagens
telefônicas publicadas na imprensa sobre a suposta colaboração dele com
procuradores da força-tarefa da operação Lava-Jato, enquanto era juiz federal.
Ao menos 40 senadores participaram da sessão.
Moro
cobrou que o site The Intercept
divulgasse a íntegra do material, até para que as mensagens possam ser
autenticadas de alguma forma. “Existe um grupo criminoso por trás desses
ataques. Quero que o site divulgue a autenticidade. Se eventualmente não quer
apresentar a Polícia Federal, que apresente ao Supremo Tribunal Federal para
que sejam examinadas”, disse o ministro.
O
líder do PSDB, senador Roberto Rocha (MA) diz confiar no trabalho de Sérgio
Moro. “Estamos aqui para discutir uma ação criminosa de um sujeito de grampeou
celulares de juízes, procuradores e outras autoridades brasileiros, e pior,
solta esses vazamentos a conta gota, fora de contexto, criando as próprias
versões. Quem pode garantir que não são textos dos próprios hackers?”, questionou
o parlamentar.
Em sua
resposta, ministro Moro diz estar perplexo com o vazamento das mensagens que,
na visão dele, foram hackeadas criminosamente. “Sequer a autenticidade das
mensagens foi atestada. Me causa muita surpresa de ter que falar tanto sobre
esse tema. Um dos passos importantes é a discussão do projeto anticrime que
realmente importa no aprimoramento da legislação do Brasil”, finalizou o
ministro Sérgio Moro.