3/30/2011

Prefeitura intensifica ações de combate à mortalidade materna


Graça Lima – coordenadora do BEMFAM/Maranhão

Imperatriz foi a única cidade do Estado que ganhou recursos oriundos da Federação Internacional de Planejamento Familiar

Para  reduzir o índice de mortalidade da mulher, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, divulgará hoje pesquisa sobre mortalidade materna em Imperatriz.  A informação é da coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Graça Dantas. O evento será realizado a partir das 8h da manhã  no auditório da Casa Brasil.

De acordo com a coordenadora, em Imperatriz, a secretária de Saúde, Conceição Madeira, tem intensificado apoio a coordenação do Programa Saúde da Mulher no sentido de reduzir a mortalidade materna pro falta de ações simples como é o caso de consultas regulares ao médico e falta de pré-natal que é realizado no Hospital Regional Materno Infantil.

Pela ausência de acompanhamento médico na gravidez, cerca de duas mil mulheres morrem por ano no Brasil. Para reduzir esse número, são desenvolvidas campanhas que incentivam as gestantes a fazerem o pré-natal em todo o país.

Graça Lima, coordenadora da organização não-governamental Bem-Estar Familiar no Brasil (BENFAM), informou que Imperatriz foi a única cidade do Estado aprovada com o projeto que utiliza recursos oriundos da Federação Internacional de Planejamento Familiar e que está sendo executado com apoio da Bemfam. Ela disse ainda que em nível de Brasil, foram selecionados apenas os municípios de Imperatriz, no Maranhão, e Lauro de Freitas, na Bahia.

Graça Lima, lembra que o índice de mortalidade materna no Brasil ainda é considerado alto, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Segundo ela, isso ocorre, principalmente, pela falta de ações simples, como as consultas regulares ao médico e a ausência dos exames de pré-natal.

“É grande o número de mulheres grávidas que demoram a ir ao médico, ou, simplesmente ignoram o pré-natal. Correm o risco de ter problemas ao longo da gestação ou mesmo no parto” disse Graça Lima.

Além da coordenadora do BEMFAM/Maranhão, o evento terá a participação do médico carioca Marcio Thomé – Coordenador de Departamento de Avaliação e Estatística da Bemfam do Rio de Janeiro.

Dados da Bemfam revelam que houve redução no índice de mortalidade materna no Maranhão nos últimos dez anos (de 85,69% para 64,79%, em 100 mil partos de nascidos vivos). Para Graça Lima, o índice de mortalidade materna caiu, mas ainda está longe da meta da organização mundial da saúde, que é reduzir para 25 por 100 mil nascidos vivos.

Parceria

A Bemfam, que há 45 anos realiza ações voltadas para o desenvolvimento social, confirmou a realização de vários projetos em parceria com a Prefeitura de Imperatriz.

De acordo com a coordenadora, a Prefeitura de Imperatriz  contribuiu com o desenvolvimento da pesquisa dando apoio logístico aos pesquisadores que levantaram dados necessários sobre o tema ajuda a identificar a realidade da mortalidade materna em Imperatriz. “Essa é uma grande contribuição do município, isso mostra o avanço dos gestores” comentou.

A BEMFAM, cuja missão está focada na defesa dos direitos sexuais e direitos reprodutivos, realiza ações e serviços em complementaridade com órgãos públicos, privados e outras instituições não-governamentais.

Graça Lima, lembrou que esteve recentemente em Imperatriz onde participou da capacitação de um grupo de profissionais responsável pela pesquisa onde foi investigado os aspectos da mortalidade materna registrada no município. “A participação dos gestores, profissionais da saúde e a sociedade em geral será muito importante para ampliar os conhecimentos com relação ao tema” disse Graça Lima.

“O resultado do projeto será apresentado em setembro no encontro da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo objetivo principal será o levantamento do diagnóstico sobre como as mulheres (gestantes) estão sendo atendidas em Imperatriz” completou Graça Lima.

 Ela informou que a capacitação foi direcionada aos acadêmicos dos cursos de Serviço Social e Enfermagem, que foram previamente selecionados através de curriculum. “Os acadêmicos abordaram as mulheres sobre os aspectos do pré-natal, entre outros”, disse.



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