Se navegar é preciso, como
dizia o poeta, digo que acreditar no comando e na estrutura do navio que
conduzem os marinheiros e tripulantes, também. Quando não há essa confiança aumenta
o medo de naufrágio. Acreditar é um dom. Como na vida nada é absoluto, deve haver,
para a boa condução da nau que conduz nossas vidas, um
equilíbrio entre o acreditar e o não acreditar.
Podemos acreditar de verdade
nas pessoas, numa causa, em algo, ou
apenas por conta das convenções, fingir que acreditamos. Quando acreditamos, não tenha
dúvida, caro leitor, não há equilíbrio no mundo que nos segure. Mergulhamos por inteiro, a imersão é total,
mesmo que lá na frente haja doses de decepção,
e decepção, como sabemos, também
faz parte da vida.
O acreditar pode resultar no
encontro do sucesso ou do insucesso, no entanto, os que acreditam num projeto,
numa causa, num objetivo, merecem todos os aplausos porque têm, ou tiveram, a coragem de
pelo menos tentar. No mínimo, servirão de exemplo a ser seguido.
Feita esta introdução, apresento
a você, que nos prestigia semanalmente com a
leitura da nossa coluna, dois
exemplos do que chamo de o “poder do acreditar”. O acreditar
num sonho, numa meta, num projeto, numa cidade etc. Existem
muitos outros cases na cidade, no entanto, o
protagonismo dos que
apresentarei pôde ser sentido este
mês com mais força; tudo resultado de muito trabalho e no acreditar; nesse particular,
o acreditar na nossa sempre pujante Imperatriz. Refiro-me aos empresários
Carlos Gêisel (Topázio, Toronto, Trovato) e Clynewton Dias Santos ( Sorvetes
Dois irmãos)
O primeiro, depois de 18
anos no mercado de estofados, acaba de inaugurar uma das mais modernas fábricas de
móveis do Brasil, cujo diferencial, como bem me disse, é o investimento tecnológico. Começou bem
minúsculo na cidade de Cidelândia (MA), se instalou depois em Imperatriz,
acreditou na força e no potencial da cidade, se tornou líder no mercado de estofados, ficou grande, e daqui exporta para várias regiões do Brasil e já
tenciona, num segundo momento, abrir janelas e portas para negócios no
exterior.
O segundo, de uma pequena fábrica,
quase artesanal, de picolés na periferia
da cidade, depois de perder tudo num
incêndio, continuou a acreditar no potencial de Imperatriz e dois anos depois
se constitui no maior fabricante
de picolés e sorvetes do Maranhão tendo inaugurado dia 16 de Julho uma unidade
industrial que agora o capacita a buscar outros mercados.
Gêisel e Clynewton têm em
comum, além do fato de serem jovens, a capacidade de sonhar aliada à coragem e
ousadia peculiares dos empreendedores, e ainda o “poder do acreditar”; o acreditar na capacidade de Imperatriz
absorver seus projetos de vida e de
tornar com seus talentos o aparentemente impossível, no possível.
Quando surgem cases
como os dos já mencionados empresários, há quem
termine por falar em sorte. Como gosto
muito de prestar atenção nas letras de
algumas músicas lembrei-me de uma do
Fernando Mendes que me remete frontalmente ao tema de hoje da nossa coluna.
Não
adianta um pé de coelho
No bolso traseiro
Nem mesmo a tal ferradura
Suspensa atrás da porta
Ou um astral bem maior que
O da noite passada,
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela.
No bolso traseiro
Nem mesmo a tal ferradura
Suspensa atrás da porta
Ou um astral bem maior que
O da noite passada,
Pois toda sorte tem quem
Acredita nela.
O artista vai
mais longe quando canta:
Que há
muitos que
gostam de criticar. Esperam a sorte sentados sem sair
do lugar, mas toda sorte tem quem acredita nela.
gostam de criticar. Esperam a sorte sentados sem sair
do lugar, mas toda sorte tem quem acredita nela.
Gêisel e Clynewton, certamente não se enquadram no
exemplo dessa música de Fernando Mendes, uma vez que, como se percebe, não
ficaram sentados. Preferiram exercitar o “poder do acreditar.