Foto: Ricardo Costa |
A previsão foi feita
ontem durante reunião realizada na Gerência Regional da Caema caso o rio baixe
mais 1, 5 metros
A cidade deve se preparar
para a maior crise de abastecimento de água potável de sua história. E o que é
mais grave, não há em curto e médio prazo, uma solução a não ser que comece
logo a chover. Para que o pior aconteça
basta que o Rio Tocantins baixe mais 1,5 metros. É o que previu ontem o coordenador de operações da regional da Caema
engenheiro Júnior Goiabeira durante
reunião com representantes do Consórcio que administra a hidrelétrica de
Estreito, João Galdino Neto e Alan
Capelari, o superintendente municipal da Defesa Civil Chico do Planalto e
a secretaria executiva daquele órgão .Elayne Cristina, e o diretor regional da Caema Rafael Heringer.
A reunião foi pela manhã com
o objetivo discutir uma saída para o iminente desabastecimento que tende ocorrer
diante da previsão que se faz a partir
da informação de que a partir do primeiro dia de Setembro a Hidrelétrica de
Serra da Mesa, que hoje opera com 10% de
sua capacidade, reduzirá sua operação para
4,43% o que afetará o funcionamento das outras hidrelétricas no mesmo corredor , como é o caso da Estreito
que prevê diminuir a vazão atual de 770 metros cúbicos por segundo, para 600 metros.
“Com isso o que se prevê é
que o rio chegue 3,60 metros abaixo do marco zero a jusante de Estreito” informou Chico do Planalto.
É por essa situação iminente que a Caema prevê um possível colapso no abastecimento regular de água para
a população. Nesse aspecto, o diretor regional Rafael Heringer foi incisivo ao
declarar que diante do quadro para as próximas semanas, a companhia não tem
nenhuma solução emergente. Novas bombas foram instaladas para reforçar o
abastecimento, e seriam suficientes para normalizar como um todo o
abastecimento, caso não fosse o fenômeno da seca.
O encontro realizado ontem
no Escritório Regional da Caema decorreu
de uma videoconferência realizada pela
Agência Nacional de Águas-ANA, no dia anterior, no auditório do Ministério Público Estadual em Imperatriz
na qual os diretores daquela autarquia
discutiram a situação especifica do Rio
Tocantins com representantes de várias cidades, do Maranhão e do Tocantins,
banhadas por ele incluindo agentes públicos e membros da sociedade civil.
Consumo
Consciente- Diante da atual situação o diretor regional da Caema Rafael Heringer declarou a O Progresso que no momento não basta a interveniência dos órgãos
competentes é preciso que a população também
faça sua parte economizando ou fazendo o uso consciente e racional da água e
ajudando a combater o desperdício que ainda é muito grande.
“Esta questão do
abastecimento de água ultrapassou as competências da Caema. Se for preciso
faremos o racionamento contundo, individualmente , o cidadão também pode fazer
sua parte” concluiu Heringer.
COMITÊ
DE CRISE
O promotor de Justiça
titular da Promotoria do Meio Ambiente Jadilson Cirqueira, responsável pela distribuição
do oficio circular que convidava para a
videoconferência declarou que a
discussão sobre o tema não se esgotou nessa primeira reunião virtual com a ANA
outros encontros deverão ocorrer até que se resolva a situação que ele reputa
como gravíssima. A próxima foi marcada
para o próximo dia 29 de Agosto.
De acordo com o promotor
Jadilson Cirqueira a videoconferência foi importante porque tratou-se de uma
iniciativa da própria Ana e também
porque foram anotadas, o que seriam
algumas providências necessárias, e previstas em lei, como: (1) a criação de um comitê de crise pela própria
Ana (2) definida, numa data ainda a ser
confirmada, uma visita dos diretores da ANA à
região (3) a veiculação de uma nota técnica sobre a situação atual e
futura do Rio Tocantins.
Outro aspecto importante da
videoconferência, segundo avalia, o promotor de Justiça Jadilson Cirqueira foi
a participação de representantes do Operador Nacional do Sistema (NOS) órgão
responsável pela coordenação e controle da operação da geração e transmissão de
energia elétrica, que admitiram, como medida extrema para que a população não
venha a sofre com o desabastecimento de água, caso a situação não se normalize, a determinação
para o desligamento das turbinas das hidrelétricas.