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(E.A)
Vivemos num mundo de competição. Em casa, no trabalho, no trânsito,
estamos sempre envolvidos em algum tipo de disputa. Na verdade
começamos a competir bem antes da nossa forma humana, portanto, esse
espirito de competição é inerente à nossa natureza. O defeito
dessa qualidade competitiva típica dos seres da Terra,
notadamente entre os homens, é de querer ganhar, sempre.
Não aprendemos a perder.
Agora mesmo, em tempo de eleição, é cada um defendendo suas
cidadelas eleitorais como as melhores. Para mim, as melhores são as que
defendo e acredito; para meu vizinho, as melhor são as deles.
É debate que não acaba mais, mas tudo em clima de harmonia.
Algumas disputas, não raras, terminam em tragédia como as que, às
vezes, envolvem patrimônio, ou aquelas entre nações, como essa envolvendo hoje o
Trump e o menino da Coréia do Norte que querem “ brincar” de destruir um ao outro. Já outras, têm final feliz. E ainda bem que a regra não é a
tragédia.
Da minha parte prefiro as de final feliz, ou aquelas em que seja
possível aprender algo ou provoquem boas risadas. E ri,
conforme o dito popular “é o melhor remédio”.
Alguns tipos de competições são muito engraçadas. Como
aquelas em que os indivíduos passam um bom tempo pelejando para saber
quem é mais
doente ou tem o maior número de doentes na família. Já
testemunhei várias e provoquei, como laboratório, outras.
É quase sempre assim: experimente numa rodada de amigos dizer que
amanheceu com dor de cabeça ou que a taxa de açúcar no sangue subiu ou ainda
que " ganhou uma pressão alta”, pra você ver uma ver uma coisa?
- Na semana passada eu estava do mesmo jeito- dirá um.
- Fui parar na UPA semana passada- dirá outro ouvinte.
- Pior, foi minha que mãe passou o final de semana internada
no Socorrão- certamente dirá outro, que não é
nada de besta de ficar para trás"
O lado positivo desse tipo de peleja, para quem tem
paciência de ficar e ouvir, é que se aprende uma
infinidade de soluções para diversos tipos de males sem ao menos precisar ir ao
médico. É sério! Receitas para pressão alta, controle, e até a cura
do diabetes. Ás vezes, no “pé do ouvido” se aprende até
soluções para quem anda com " os nervos fracos" e tem deixado a
patroa na mão.
- Controlo minha pressão comendo todo dia um dente de alho-
- Tenho um amigo que ficou curado do diabetes tomando, em jejum,
todo dia a própria urina-
- Ei, isso não existe! O bom mesmo é tomar a água da cajuína
diariamente na hora que acordar.
- Que viagra, nada, se tu tomar todo dia bem cedo uma
dose de São João da Barra com leite condensado tu vai ser homem pra toda vida-
Se mesmo
depois de ouvir todos esses ensinamentos populares surgir
fagulhas de duvidas a receita correta mesmo é arrumar um
jeito, e um tempo de ir ao médico.