Alcançou grande repercurssão no Estado entrevista dada pelo ex-prefeito Sebastião Madeira (PSDB) a uma rádio de São João dos Patos, no interior do Estado, e que viralizou nas redes sociais. Na entrevista Madeira fala do seu atual posicionamento político,que é contrário ao do Governador Flávio Dino (PC do B) , de quem foi o principal apoiador nesta região do Maranhão na eleição passada e lhe fez algumas criticas, consideradas duras pelos aliados do governador.
Na entrevista o ex-prefeito explicou o porquê de não mais apoiar Flávio Dino. As observações se centralizaram não na administração, mas na maneira como o governador se relaciona politicamente com os aliados.
Logo após a entrevista aliados tomaram as dores do governador e desde então tentam desqualifica as declarações do ex-prefeito taxando-o de “ ingrato” e traidor.
Madeira deixou claro que motivo de seu descontentamento” começou ainda na eleição municipal de 2016. A ideia, como aliado de Flávio Dino, era lançar um candidato comum, e ele {Madeira} estava disposto a seguir esse projeto contudo, na semana que foi anunciado que a candidata seria Rosangela Curado (PDT), algumas horas antes, {revela} esteve em Brasília num evento com Flávio Dino ocasião em que chegou a lhe perguntar como “ ficaria Imperatriz”. Flávio teria dado uma resposta vaga contudo, praticamente no dia dia seguinte, era anunciada a estratégia do PC do B que era agradar o PDT do deputado Weverton Rocha e mantê-lo na base.
Era Junho de 2016 e dali em diante, o ex-prefeito diz que percebeu que no grupo do governdor não tinha espaço para o Maderia e por isso seguiria seu proprio caminho.
Madeira deixou claro na entrevista de São João dos Patos que faltou diálogo, faltou confiança. “ Me deram um canto de carroceria. Me trataram como um traste” disse ele ressaltando que nesse ponto é que considerava o governador um “ desastre político”
Na mesma entrevista, sem entrar em detalhes, Madeira disse que quando era prefeito no momento que mais precisava não recebeu do govenador o apoio de que precisava.
A polêmica entrevista foi encerrada com o ex-prefeito dizendo que hoje o PSDB é “ o patinho feio do grupo do governador e que não tem razão para o partido, até pela conjuntura nacional, continuar no governo.
“ Com certeza o partido sairá do governo e terá o senador Roberto Rocha , como candidato a governador”
Reações
O que seria mais uma simples entrevista numa rádio no interior do Maranhão acabou alcançando proporções que, nem o próprio Madeira, como chegou a conversar com alguns amigos, imaginava. “ Acredito que não ouviram direito a entrevista. Só expliquei os motivos de não acompanhar mais o Flávio” comentou.
Eleitor declarado de Madeira para deputado Federal, mas aliado do governo comunista, o presidente da Câmara José Carlos Soares (PV) disse que Madeira teria sido “ infeliz” em suas criticas ao governador. O vereador Carlos Hermes (Pc do B) chamou Madeira de ingrato. O representante do Governo do Estado na região e líder do Partido Comunista de Imperatriz chamou Madeira de “ Judas”
Todas essas e outras opinões ganharam os os inúmeros grupos“ politicos de whatsApp” . Umas de defesa, outras de ataques. O próprio Madeira chegou a participar de alguns embates.
“ Se ouvirem a entrevista original verão que apenas expliquei porque não apoio mais o Flávio Dino. O problema é que é um governo que nao aceita nenhum quetionamento, como se fosse infalivel ” observou em determinado momento Sebastião Madeira para reiterar que “ desde junho 2016 teve certeza que o projeto do PC do B era incompativel comigo”.
Sobre ser chamado de ingrato e traidor Madeira ponderou “ Quem tem saldo sou eu. Ele jamais me apoiou numa eleição. Lembre-se que em 2011 apoiou o Carlinhos Amorim. Em 2014 eu o apoiei de todas as maneiras não só em Imperatriz, mas em toda região. Por enquanto ele é quem me deve” disse o ex-prefeito.