Davi Castro
Martins, terceiro suspeito de participar do latrocínio do delegado da Polícia
Federal Davi de Farias Aragão, entregou-se à polícia na noite dessa
quinta-feira (10). Ele foi direto para a sede da Superintendência de Homicídios
e Proteção à Pessoa (SHPP), em São Luís. Na ocasião, disse onde estava a arma
do delegado, que foi levada após o crime. Os policiais seguiram a informação e
recolheram a pistola em uma casa na Vila Luizão.
Davi Martins
estava sendo procurado por policiais civis e federais. A procura chegou até o
Amendoeira, no Maracanã, zona rural de São Luís. Na oportunidade, ele não foi
localizado, mas resolveu entrar em contato com os policiais e tratar da
rendição.
Antes de Davi, a polícia já havia capturado Wanderson de Morais Baldez, de 21
anos, e apreendido um adolescente de 17 anos, que segundo os policiais,
confessaram a participação no latrocínio. Os outros dois disseram em depoimento
que o responsável pelos disparos foi Davi.
O delegado foi
sepultado na tarde do domingo (6), no Cemitério Parque da Saudade, no bairro
Vinhais, em São Luís. Durante o sepultamento, familiares, amigos e colegas de
profissão prestaram suas últimas homenagens à vítima. Davi de Farias Aragão era
chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Fazendários do Maranhão e há mais de
12 anos trabalhava na Polícia Federal.
Morte no
aniversário da filha
De acordo com a
Polícia Civil, os três assaltantes invadiram a residência por volta das 23h de
sábado (5), a partir de uma casa vizinha que estava desocupada. Os criminosos
pularam o muro e entraram na casa do delegado, sendo dois pelo quintal e outro
pela lateral. Os bandidos perceberam que havia uma movimentação na casa. Amigos
e parentes comemoravam o aniversário de cinco anos da filha do delegado Davi.
Segundo o
delegado Jefrey Furtado, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa
(SHPP), ao entrarem na residência os bandidos anunciaram o assalto e começaram
a retirar objetos pessoais dos convidados da festa. Depois, os bandidos
tentaram entrar em uma parte onde algumas crianças estavam. Ao tentar impedir a
ação, houve luta corporal entre os assaltantes e o delegado. Ele foi atingido
por três disparos, facadas e até mordidas.
Após o crime, os três criminosos fugiram do local do crime. Horas depois, a polícia prendeu Wanderson de Morais Baldez, enquanto ele tentava atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Vila Luizão, na capital.
Ainda segundo a polícia, Wanderson de Morais deveria estar sendo monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica, já que responde por outro crime que não foi informado. Ao ser capturado pelos policiais, o assaltante não estava usando o equipamento. O adolescente foi apreendido no bairro Divineia, em São Luís, na segunda-feira (7).