6/28/2018

Imprensa maranhense de luto com a morte do jornalista Jânio Arley



No  texto abaixo  de informações, histórias e emoção  o decano jornalista Edmilson Sanches traduz como ninguém a trajetória desse homem de imprensa que precocemente nos deixou na tarde de ontem aos 56 anos de Idade. Uma trajetória que merece ser conhecida e reconhecida pela nova geração de comunicadores sociais que atuam hoje em Imperatriz e, tão  bem dita pelo nosso Edmilson Sanches




MEU AMIGO JÂNIO ARLEY
No início da tarde de ontem, 27/06/2018, em São Luís (MA), o coração do jornalista imperatrizense Jânio Arley deu suas últimas batidas. Jânio foi vítima de infarto fulminante. Seu coração não se entregou fácil: foram duas paradas cardíacas. Atendido em unidade de saúde (“Socorrinho”) do bairro Cohatrac, na capital maranhense, os esforços não foram suficientes para a reanimação do pioneiro do jornalismo policial de TV em Imperatriz e São Luís.
Aos 56 anos, Jânio Arley deixa para a História que ainda se escreverá e na memória dos que a tem um legado de trabalho na profissão que abraçou de corpo, mente e alma.
Recordo-me que nele sempre tive um apoiador na minha luta pela organização da categoria dos profissionais de Imprensa em Imperatriz. Na década de 1980, havia meia dúzia de jornalistas devidamente registrados em Imperatriz: o Marcelo Rodrigues (jornalista pioneiro e até hoje atuante na Imprensa tocantina), o José Rodrigues (jornalista profissional registrado, mas servidor no câmpus local da Universidade Federal do Maranhão; depois, a Ângela Café, irmã do jornalista Gilmário Café, colunista político do jornal diário “O Progresso”; o Hélder, que se demorou pouco em Imperatriz; o Aurélio, que cuidava de uma casa de jogos eletrônicos e teve brevíssima passagem pelo “Jornal de Negócios”, fundado por Edmilson Sanches. E só.

Assim, como militante da Imprensa desde a minoridade, em Caxias, conhecedor das Leis da profissão, fundei a Associação de Imprensa da região Tocantina (AIRT); o Sindicato da categoria (SINDIJORI, de jornalistas, radialistas e demais trabalhadores da Comunicação Social); criei cursos de habilitação, em parceria com Prefeitura, SENAC, UFMA e o hoje UFMA.

Nesses e em outros movimentos e ações, sempre tive no Jânio Arley um fiel e bem-humorado parceiro e defensor. Em seu pequeno corpo, uma imensa alegria nos contatos que mantínhamos. Tinha um jeito bonachão, risonho, brincalhão. E, como se diz no interior, fumava que nem uma caipora -- mas parecia estar sempre feliz.

Inteligente, polivalente, trabalhador, Jânio Arley deixou sua marca na Imprensa escrita, falada e eletrônica. Jornal, rádio e televisão. O mais antigo jornal sobre assuntos de Comunicação Social existente em minha coleção é o “Informativo Sistevê”, publicado pela Fundação Cultural Ernesto Geisel, que era a entidade responsável pela TV Educativa, implantada em 16 de julho de 1984. Jânio Arley estava lá, escrevendo desde o número 1 ,de julho de 1986, com 10 páginas em preto & branco e farto noticiário e fotos sobre ações e profissionais do ramo. Junto com o Jânio, outros pioneiros redatores: Marilene Almeida, Antônio Filho, Antônio Costa, Genival Bezerra, Nena, Ada Chagas, Orlando Menezes, Tácito Garros e, como diretor, Marcelo Rodrigues.

Quando, em setembro de 1985, o comunicador Arimatéia Júnior (José de Arimatéia Alves Vieira) veio de sua cidade natal, Pedreiras – MA, onde trabalhava na Rádio Cultura AM, foi sob a coordenação de Jânio Arley que o jornalista pedreirense se iniciou em Imperatriz, na Rádio Imperatriz AM, a convite do advogado e radialista Moacir Spósito Ribeiro. (Arimatéia Júnior pertence aos quadros da TV Nativa / Record e Rádio Nativa FM).

O pioneirismo de Jânio Arley estendeu-se ao jornalismo de televisão. Com Roberto Braga (Roberto Reggae),Jânio produziu o programa independente “Alvorada Rural”, na TV Alvorada. Depois, foi responsável pela apresentação do programa “Bandeira 2”, que deixou em pleno sucesso para mudar-se para São Luís, onde deu continuidade, com igual êxito, à sua carreira no jornalismo policial. Quem sucedeu Jânio Arley no comando do “Bandeira 2” foi o Otair Moreira (Otair Lionço Moreira), colega que também marcou época como radialista, apresentador de TV e ex-vereador em Imperatriz, nascido na fazenda Serra, em Nerópolis (GO), que chegara a Imperatriz em 23 de novembro de 1977 e iniciou a carreira de radialista na equipe de esportes da Rádio Imperatriz AM. Em 2002 Otair mudou-se para Atlanta, capital da Geórgia, nos Estados Unidos.
*
Que a família e familiares de Jânio Arley tenham Fé e Força nestes momentos de Sofrimento, Suportação e Superação, momentos de Luto, Dor... e saudades.
Condolências.
EDMILSON SANCHES
edmilsonsanches@uol.com.br




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