Em um aparte à fala do senador Paulo Paim (PT-RS), sobre os dados do
IBGE referentes à situação de extrema pobreza no Brasil, o senador Roberto
Rocha (PSDB-MA) manifestou-se em relação à posição do Maranhão como o estado
com o maior percentual de pessoas em situação de pobreza da federação.
O
parlamentar contextualizou as contradições do povo brasileiro pela existência
de dois países em um. “Nós temos dois Brasis: No Brasil da metade pra baixo, a
sociedade é maior que o governo. No Brasil da metade pra cima, o governo é
maior que a sociedade, sendo que o maior agravo se dá no Nordeste, em
particular, no Maranhão, em que, nessa pesquisa do IBGE, infelizmente foi
identificado como o estado em pior situação. Tem a maior parte da população
vivendo absolutamente abaixo da linha da pobreza”.
Ao externar sua preocupação com os índices maranhenses de pobreza,
Roberto Rocha lembrou da abrangência do projeto de lei de sua autoria (PL
217/2015), que dobra o repasse
de recursos para alimentação escolar em municípios com situação de extrema
pobreza.
“Nós aprovamos, nesta casa, um projeto que dobra a
per capita da merenda escolar para os municípios em extrema pobreza do País.
Foram detectados no Brasil 470 municípios. Desses, 108 estão no Maranhão. Mais
recentemente, o IPEA divulgou 30
municípios do Brasil sem nenhum organismo público de atendimento, dos quais 16
são do Maranhão”, revelou o parlamentar, que finalizou seu pensamento
evidenciando que os índices sociais podem melhorar por meio do investimento na
economia do estado:
“Eu só acredito no desenvolvimento social, quando está aliado ao desenvolvimento econômico. O desenvolvimento econômico não é inimigo do social, mas, sim puxa o social para cima. Eu espero que o nosso estado, o Maranhão, que termina criando um problema pro Brasil, na medida em que puxa os índices pra baixo, possa dar o passo adiante”.
“Eu só acredito no desenvolvimento social, quando está aliado ao desenvolvimento econômico. O desenvolvimento econômico não é inimigo do social, mas, sim puxa o social para cima. Eu espero que o nosso estado, o Maranhão, que termina criando um problema pro Brasil, na medida em que puxa os índices pra baixo, possa dar o passo adiante”.