Apresentações artísticas, exposições, e
até mostras de quebra de coco marcaram um mês de homenagens
O Centro Cultural Tatajuba
encerrou o mês de março com uma vasta programação cultural dedicada às
mulheres. Além da oferta de cursos e
oficinas, gratuitas, para a comunidade, o período foi marcado por uma homenagem
especial às quebradeiras de coco, atividade em fase de extinção no Maranhão,
mas ainda presente na zona rural dos municípios de Imperatriz, Cidelândia e São
Pedro da Água Branca, que se interligam através da Rodovia Estadual Padre Josino,
a chamada Estrada do Arroz.
Quem teve recentemente a
oportunidade de visitar o Tatajuba, localizado na Avenida Getúlio Vargas, Praça
Brasil, viu que a homenagem às quebradeiras de coco estava por todos os lados.
Nos painéis gigantes, grafitados por artistas da região retratando personagens
e paisagens da vida real, nos objetos de artes, alimentos e joias (biojoias)
manufaturados a partir das amêndoas e partilhas do coco babaçu, dispostos por
todo o espaço
Para completar o cenário, a
curadoria do evento chegou a organizar até uma mostra de quebra de coco. As
homenageadas tiveram a oportunidade de mostrar aos visitantes do espaço
cultural como é feita a quebra artesanal da amêndoa.
Lília é filha de quebradeira
de coco e faz questão de imortalizar essa origem na sua obra. São diversos
versos onde ela ressalta a vida e a importância das quebradeiras de coco.
“Este ofício acaba tocando em assuntos relacionados à preservação ambiental, à cultura maranhense e à força feminina”, declarou Alice Máximo, coordenadora de projetos do Tatajuba ao avaliar a programação que teve como foco as quebradeiras de coco.
As atividades do Centro Cultural Tatajuba, como os cursos e oficinas, as estratégias de contação de histórias, a produção e exibição de filmes, apresentações artísticas, contam com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O acesso, conforme a presidente da entidade Iasmin Taynara Lima Silva é gratuito.
SOBRE O BABAÇU
O babaçu
é uma espécie (Attalea speciosa) da família das palmeiras dotada de frutos drupáceos com
sementes oleaginosas e comestíveis das quais se extrai um óleo,
empregado sobretudo na alimentação, remédios, além de ser alvo de pesquisas
avançadas para a fabricação de biocombustíveis.
Apesar de ser uma árvore muita predada, a palmeira de babaçu ainda é abundante no Maranhão. É considerada uma planta característica da formação vegetal da área de transição entre as florestas úmidas da bacia Amazônica e as terras semiáridas da região nordeste do Brasil.
Piauí,
Pará, Mato Grosso e Tocantins são, além do Maranhão, onde a o vegetal é
largamente encontrado.
Com
o objetivo de preservar a espécie nesta região, em 1992, o Governo Federal, por
meio de decreto, criou a Reserva Extrativista do Ciriaco, uma unidade de
conservação federal localizada no município e de Cidelândia.
Nome científico: Attalea speciosa
Classificação
superior: Ataleia
Classe: Liliopsida
Espécie: A. speciosa
Família: Arecaceae