8/10/2024

Cinco candidaturas à direita e duas à esquerda disputam os eleitores da segunda capital do Maranhão

 

Por Elson Araujo)

O prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para que partidos e federações escolham seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores expirou na última segunda-feira, dia 5. Dos aspirantes que se apresentaram ao "mercado eleitoral", restaram sete. Sob o prisma ideológico, temos três de centro/direita: Rildo Amaral (PP), Josivaldo JP (PSD) e Justino Filho (PMB); um de direita, Nilson Takashi (Novo); uma de extrema direita, Mariana Carvalho (PRB); e dois de esquerda, Marco Aurélio (PT, PV, PCdoB) e o estudante de jornalismo Gabriel Araújo (PCB).

Em maio deste ano, Imperatriz ultrapassou a marca de 200 mil eleitores, tornando-se a segunda cidade do Maranhão, após a capital, a realizar a eleição para prefeito em dois turnos. O primeiro turno ocorrerá no dia 6 de outubro de 2024, e o segundo, no dia 27 do mesmo mês.

No cenário atual da disputa eleitoral em Imperatriz, despontam cinco candidaturas competitivas. Quatro delas – Rildo (PP), JP (PSD), Mariana (PRB) e Takashi (Novo) – situam-se mais à direita do espectro ideológico, enquanto uma, a do ex-deputado Marco Aurélio (PCdoB), alocada na federação PT-PCdoB-PV, representa a esquerda.

Até o momento, as pesquisas registradas e publicadas indicam uma inclinação da cidade para uma candidatura mais à direita. Contudo, não se pode subestimar o potencial de crescimento de Marco Aurélio, que, embora oriundo da militância centro-esquerdista, surge como a única opção viável da esquerda para disputar um eventual segundo turno.

O tabuleiro político local tem passado por movimentações recentes que, embora ainda não mensuradas tecnicamente, tendem a influenciar a performance eleitoral dos candidatos e o comportamento dos eleitores. Vejamos:

A primeira mexida significativa foi a desistência do pré-candidato a prefeito José Antônio (PDT), do grupo do prefeito Assis Ramos (União Brasil). Este ato deixou órfãos cerca de quatro dezenas de pré-candidatos a vereador, distribuídos entre AGIR, Podemos e PDT. Desses partidos, AGIR e Podemos se alinharam com Rildo Amaral, enquanto o PDT, até a manhã de ontem, ainda não havia definido seu rumo, embora especulasse-se uma possível aliança com Marco Aurélio.

A segunda mexida foi a saída do deputado Antônio Pereira (PSB) do arco de apoio à candidatura de JP, devido à preterição de sua esposa, Carol Pereira, como vice na chapa. No dia seguinte, Pereira já estava no palanque de Rildo Amaral. Entretanto, o MDB, partido que controlava, fechou com JP.

Por fim, a desistência do produtor rural e ex-prefeito de Brejão, Francisco Soares, o Franciscano (PL), da disputa pela prefeitura foi outro fato relevante. Ele vinha disputando com Mariana Carvalho as bênçãos de Bolsonaro. Houve especulações de que o PL apoiaria Josivaldo JP, mas, após uma reunião com a participação do presidente estadual do PL, Josimar Maranhãozinho, o partido decidiu apoiar Mariana Carvalho, que anunciou que seu vice viria do PL.

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