Por Elson Araujo)
O prazo estabelecido pela
Justiça Eleitoral para que partidos e federações escolham seus candidatos a
prefeito, vice-prefeito e vereadores expirou na última segunda-feira, dia 5.
Dos aspirantes que se apresentaram ao "mercado eleitoral", restaram
sete. Sob o prisma ideológico, temos três de centro/direita: Rildo Amaral (PP),
Josivaldo JP (PSD) e Justino Filho (PMB); um de direita, Nilson Takashi (Novo);
uma de extrema direita, Mariana Carvalho (PRB); e dois de esquerda, Marco
Aurélio (PT, PV, PCdoB) e o estudante de jornalismo Gabriel Araújo (PCB).
Em maio deste ano, Imperatriz
ultrapassou a marca de 200 mil eleitores, tornando-se a segunda cidade do
Maranhão, após a capital, a realizar a eleição para prefeito em dois turnos. O
primeiro turno ocorrerá no dia 6 de outubro de 2024, e o segundo, no dia 27 do
mesmo mês.
No cenário atual da disputa
eleitoral em Imperatriz, despontam cinco candidaturas competitivas. Quatro
delas – Rildo (PP), JP (PSD), Mariana (PRB) e Takashi (Novo) – situam-se mais à
direita do espectro ideológico, enquanto uma, a do ex-deputado Marco Aurélio
(PCdoB), alocada na federação PT-PCdoB-PV, representa a esquerda.
Até o momento, as pesquisas
registradas e publicadas indicam uma inclinação da cidade para uma candidatura
mais à direita. Contudo, não se pode subestimar o potencial de crescimento de
Marco Aurélio, que, embora oriundo da militância centro-esquerdista, surge como
a única opção viável da esquerda para disputar um eventual segundo turno.
O tabuleiro político local tem
passado por movimentações recentes que, embora ainda não mensuradas
tecnicamente, tendem a influenciar a performance eleitoral dos candidatos e o
comportamento dos eleitores. Vejamos:
A primeira mexida
significativa foi a desistência do pré-candidato a prefeito José Antônio (PDT),
do grupo do prefeito Assis Ramos (União Brasil). Este ato deixou órfãos cerca
de quatro dezenas de pré-candidatos a vereador, distribuídos entre AGIR, Podemos
e PDT. Desses partidos, AGIR e Podemos se alinharam com Rildo Amaral, enquanto
o PDT, até a manhã de ontem, ainda não havia definido seu rumo, embora
especulasse-se uma possível aliança com Marco Aurélio.
A segunda mexida foi a saída
do deputado Antônio Pereira (PSB) do arco de apoio à candidatura de JP, devido
à preterição de sua esposa, Carol Pereira, como vice na chapa. No dia seguinte,
Pereira já estava no palanque de Rildo Amaral. Entretanto, o MDB, partido que
controlava, fechou com JP.
Por fim, a desistência do
produtor rural e ex-prefeito de Brejão, Francisco Soares, o Franciscano (PL),
da disputa pela prefeitura foi outro fato relevante. Ele vinha disputando com
Mariana Carvalho as bênçãos de Bolsonaro. Houve especulações de que o PL
apoiaria Josivaldo JP, mas, após uma reunião com a participação do presidente
estadual do PL, Josimar Maranhãozinho, o partido decidiu apoiar Mariana
Carvalho, que anunciou que seu vice viria do PL.