O Maranhão do Sul sofreu dois ataques simultâneos no início desta semana. Um veio do mega empresário Antônio Ermírio de Moraes, na sua coluna de domingo da Folha de São Paulo, e o outro do ensaísta da Revista Veja Roberto Pompeu de Toledo.
Moraes, na verdade não atacou diretamente o Maranhão do Sul e sim o conjunto do seis Projetos de Decreto Legislativo de convocação de plebiscito para a criação de novos estados, incluindo o Maranhão do Sul. Ele se posiciona contra ao justificar que custaria muito caro ao país “bancar” instalação desses novos Estados.
Pompeu de Toledo foi mais incisivo centrando o ataque no Maranhão do Sul mesmo sem conhecer a história de luta pela criação de um novo estado a partir da divisão do Maranhão. A motivação de Toledo veio do projeto apresentado no Senado pelo senador Edison Lobão (DEM) a que faz a leitura de que o projeto fora apresentado por puro oportunismo.
Pelo fato de Lobão ser ligado ao grupo Sarney, que perdeu a eleição pra Jackson Lago (PDT), a interpretação do articulista é que o projeto apresentado faz parte de uma “engenharia” do grupo Sarney para retomar ao poder. Ele deixa entender que já que o grupo perdeu a eleição nada melhor do que dividir o Maranhão e criar um novo Estado.
Na avaliação de analistas políticos a pecha de oportunista não cai na cabeça do senador Lobão pelo fato dele , há pelo menos 20, de uma forma ou de outra estar engajado nesse projeto. Uma outra questão levantada é que essa luta não é de agora já que beira os 200 anos.
