Os depoimentos prestados nesta quinta (17), em Imperatriz, à CPI da Câmara dos Deputados que investiga as causas, conseqüências e os responsáveis pela morte de crianças indígenas por subnutrição no Brasil revelaram a falta de articulação da Fundação Nacional de Saúde –Funasa- na condução da política de saúde dos povos indígenas.
Foram mais de quatro horas de depoimentos eivados de queixas e reclamações; todas com ares de denúncia, o que chegou a fugir um pouco do foco da CPI. Vieram á tona questões como a falta de cobertura vacinal, falta de transporte, falta de medicamentos e de alimentação; a falta de acompanhamento das índias gestantes, a falta de condições de trabalho de quem trabalha diretamente nas aldeias e até a atuação das Organizações Não Governamentais (ONGs), a quem em muitos casos, são terceirizados serviços na área de saúde.
Durante os depoimentos um item novo foi revelado e que pode agravar mais ainda a situação dos povos indígenas desta região; a presença do vírus da Aids. Só entre os índios Canela, já são quase 30 infectados, conforme denunciou Jonas Gavião, que mora na Aldeia Governador, no município de Amarante. Ele também reclamou da falta de vacinação que , segundo ele, que as vezes só chega três meses depois de lançada a campanha (de vacinação)
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