6/21/2010

Estado do Tocantins não aceita certificado emitido pela UEMA e candidata é impedida de assumir concurso.

A Pedagoga Kayla Pacheco já contabiliza algumas horas de choro, estres, humilhações e “chá de cadeira” desde o dia em que feliz saiu de Imperatriz e foi a Palmas (TO) para assumir, depois de aprovada em concurso público, o cargo de professora das séries iniciais do ensino fundamental

Tudo seria perfeito se na hora da comprovação da habilitação para a posse o documento provisório de conclusão de curso emitido pela Universidade Estadual do Maranhão- CESI- Imperatriz tivesse sido aceito pela equipe responsável pela posse da candidata. O documento foi rejeitado e, a menina, constrangida, impedida de assumir o tão sonhado cargo.
Ainda em Palmas ela ainda tentou resolver o caso, mas não conseguiu.

De volta a Imperatriz outra rodada de estresse, choro e, raiva mesmo. O caso seria resolvido imediatamente se ela já tivesse recebido o diploma de conclusão de curso mas, aí no campus da UEMA, até agora não se encontrou uma solução.

“O sistema ta fora do ar”, “Não é comigo”, “você terá de ir a São Luiz”...etc são algumas das respostas que a professora teria obtido na UEMA de Imperatriz na sua via crucis para conseguir o documento que lhe abrirá as portas para, enfim, assumir o tão suado cargo.

Tornar pública essa situação é uma das últimas medidas adotadas pela professora Kayla para sensibilizar a direção da UEMA a resolver seu problema.

Abaixo trechos de uma missiva de kayla Pacheco ao blog

Olá Élson,

Eu cursei Pedagogia pelo CESI/UEMA e fui graduada em 3 de Setembro de 2009 e desde o dia 28 de setembro de 2009, data em que fiz a solicitação do Histórico Definitivo do Curso, aguardo o referido histórico para encaminhamento do Diploma de Pedagoga.

Fui aprovada no concurso do Estado do Tocantins para o cargo de Professora dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental no dia 29 de dezembro de 2009. Fui nomeada em 01 de Junho de 2010, e me apresentei à Secretaria de Administração para a devida posse no dia 08 de junho, porém não pude tomar posse no cargo que pretendo porque o certificado de graduada em Pedagogia expedido pela UEMA não é válido.


Passados exatamente oito meses e vinte e um dias após a solicitação do Histórico definitivo, não pude ainda requerer o Diploma haja vista que a direção do Curso de Pedagogia ainda não resolveu a equivalência das disciplinas do Curso para se adequar à mudança da estrutura curricular sugerida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso, aprovadas em 13 de Dezembro de 2005.

Pela inconclusão do processo de mudança na grade curricular, ao colar grau, recebi da direção uma certidão de conclusão do curso de Pedagogia – Habilitação: Magistério das Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio.

Vale ressaltar que cursei e fui aprovada em todas as disciplinas do curso, as quais me habilitam em Gestão Escolar e Docência das séries Iniciais do Ensino Fundamental, mesmo assim, a referida Certidão foi impressa incorretamente.

Ao tomar conhecimento do erro impresso na certidão, procurei pela direção do curso inúmeras vezes durante esses oito meses em busca de uma solução para dar entrada no diploma e até o presente momento nenhuma solução foi concretizada.

Em 24 de Maio de 2010, fui submetida a cirurgia emergencial para retirada de uma apendicite inflamada necessitando de repouso absoluto durante trinta dias.

Sabendo da confusão para a expedição do Diploma definitivo do Curso de Pedagogia pela UEMA, assim que tive condições de viajar, mesmo em repouso médico, fui à cidade de Palmas apresentar-me para posse no referido concurso.

Ao procurar a Secretaria de Administração do Governo do Estado do Tocantins no ultimo dia 8 de junho, fui informada que não poderia tomar posse pela ausência de Diploma de conclusão do Curso de Pedagogia e pela ausência de habilitação nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental constando na Certidão de Conclusão do curso de Pedagogia na ocasião apresentada.

Ao ser encaminhada ao Conselho Estadual de Educação do Estado do Tocantins, fui orientada sob o Desapcho n° 68/2010, a voltar à universidade e resolver as pendências referentes ao Diploma de conclusão do Curso de Pedagogia até o dia 30 de junho de 2010, data em que devo me apresentar à Secretaria de Administração do Tocantins, localizada em Palmas como consta em anexo.

Retornei a Imperatriz no dia 10 de junho e desde então tenho ficado de plantão no CESI/UEMA para tentar buscar uma solução pra que eu não perca minha vaga no concurso.

Nesses oito dias descobri que não estou matriculada em uma disciplina que eu cursei e fui aprovada, assim como as outras 15 colegas que se formaram na mesma turma que eu. Descobri também que meu processo precisa ser resolvido no sistema online da universidade e que isso depende da coordenação da Pró-reitoria de Graduação da UEMA em São Luis, na pessoa de uma mulher chamada Luzinete. A mesma não autorizou a abertura do sistema para que eu seja matriculada por perseguição aos funcionários ou por pura má vontade.

Comovida por meu desespero, uma ex-professora minha (Izaura Silva) tentou intervir e entrou em contato com a senhora Luzinete, mas nada foi feito pela Luzinete. A professora Izaura chegou a ligar até para o vice-reitor, o professor Porfírio, mas até agora nada ainda foi feito.

Procurei a ajuda de uma advogada para entrar com um mandado de segurança contra a Universidade e a mesma me cobrou 5 mil reais pelo serviço. Eu não tenho condições financeiras para arcar com uma despesa desse valor, já gastei muito indo a Palmas em vão. Realmente não sei mais o que fazer, pois na próxima semana já deveria estar em Palmas apresentando a documentação correta.

Kayla dos Santos Pachêco

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