11/02/2010

A arte de desagradar aliados

Opinião

As dificuldades para administrar a cidade são inerentes a qualquer gestor, seja ele quem for. Foi assim, para falar nos mais recentes,  com Jomar e  Ildon;  é com madeira, e certamente será com o seu sucessor, que terá a sorte de encontrar uma Prefeitura prontinha para grandes saltos no futuro graças ao  trabalho arduo de organização interna hoje executado por sua gestão.  

É com grande habilidade política que Madeira tem administrado a segunda cidade mais importante do Maranhão e isso  não se faz agradando a todos. Tente um gestor agradar a todos,  aliados ou não, e o fracasso será certo.  Faz-se o que  é preciso fazer.  Nas três esferas de governo o fluxo é permanente: ganha-se e perde-se aliados.

Numa gestão, vejo isso de perto, perder um aliado é muito fácil: bastar contrariar seus interesses.

Dizer um não, mesmo necessário e legal, nunca é bem vindo e pode romper laços antigos e trincar amizades.

Um aumento de salário, pedidos de diárias; pedido de patrocínio, facilidades burocráticas, um atraso de pagamento, um pedido de emprego negado, a demora na raspagem de uma rua ou na tapagem de um buraco, e até mesmo a transposição de filas, tudo pode contrariar interesses e resultar em rompimento.

Grande parte, na verdade, de quem rompe, quer resolver mesmo é seus problemas pessoais e não os problemas da cidade. Um bom e habilidoso gestor é obrigado a conviver diariamente com isso e se não souber, é preciso aprender a dizer não, quando necessário, sob pena de fracassar.

É impossível agradar a todos os aliados. Foi e,  sempre será assim.








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