Notícia veiculada ontem pela manhã no programa Rádio Alternativa deixou a cidade assustada. No conjunto das informações dadas pela fonte do radialista Arimatéia Júnior, sobre o funcionamento do Núcleo de Atenção Integrada à Saúde de Imperatriz (NAISI), órgão que integra a rede de saúde mental do município, ali estaria, havendo muitas mortes de usuários, toda semana, e nada era divulgado. Outra informação se referia á alimentação que estaria sendo insuficiente.
Fui apurar, in loco, o fato relatado pelo radialista e eis o que foi constatado:
O último óbito ali registrado foi há quase 20 dias. Uma usuária morreu de causas naturais. Todos os cuidados e providências relacionadas a um óbito, segundo informou a coordenadora do Núcleo Erivânia da Silva Santos, que por coincidência acabava de assumir coordenação do órgão, foram adotados.
A coordenadora aproveitou a oportunidade para falar sobre o funcionamento do Naisi, que deu lugar, com um novo padrão de cuidado aos usuários da saúde mental, à antiga Clínica Psiquiatrica de Imperatriz.
Coordenadores do Naisi
O Naisi, que conta com uma equipe de 85 profissionais, assiste atualmente a quase 90 usuários, a maioria do sexo masculino com problemas de esquizofrenia, depressão e transtornos provocados pelo uso de drogas.
No modelo atual de assistência em vigência no Brasil, segundo informa a coordenadora Erivânia, os internos não passam no núcleo mais do que 15 dias. Depois desse período, sob observação, é autorizado a volta ao seio familiar com a promessa de retorno para prosseguir com o tratamento.
“Contamos com uma equipe dedicada, ciente dos cuidados com os nossos usuários. Cuidados que vai da vigilância constante até a alimentação cujo cardápio é preparado por uma nutricionista” informa Erivânia.
A comida é farta
“Optamos por um cardápio que inclui além de proteínas e carboidratos frutas e verduras. Por dias nossos usuários recebem cinco refeições. O café e o almoço; o lanche da tarde, o jantar e a ceia, servida antes de dormirem” assegura a nutricionista Elen Passos Santos.Helen, nutricionista
A coordenadora do Naisi disse que nesse novo modelo de tratamento a maioria dos usuários da saúde mental submetidos regularmente ao tratamento melhora e conseguem se reintegrar ao convívio social.
O Naisi funciona nas antigas instalações da Clínica Psiquiátrica, na Babaçulandia. O núcleo centra suas atividades na lógica da vigilância à saúde e qualidade de vida dirigido à família dos pacientes e á comunidade, incluindo desde a proteção e promoção a saúde, até o diagnóstico e tratamento das doenças.
ELES FAZEM ARTE
A coordenadora do Naisi informa que como complemento terapêutico as datas especiais são sempre comemoradas. Além disso, informa a educadora, existem as atividades externas e o trabalho de terapia ocupacional.
Ao fundo painel produzido por um dos usuários do NAISI
Em uma das salas do Naisi estão em exposição muitas pinturas, em tela, e artesanato produzidos pelos usuários.
Sala de artes plásticas