A liberdade de expressão não é absoluta. A mesma Constituição que nos garante o “ir e vir da informação”, traduzida na livre manifestação do pensamento e da liberdade de comunicação , também veda , nesse condão, condutas que desrespeitem os valores éticos e sociais da pessoa e da família e, que atentem contra a honra e imagem das pessoas garantindo, quanto a isso, o direito de resposta e a indenização pelo dano material ou moral, decorrente de tal violação.
Em nenhum momento na gestão do prefeito Madeira houve qualquer movimento para “calar este ou aquele veiculo de comunicação”. É brincaderia fazer qualquer insinuação nesse sentido. Seria muito poder; além do mais o governo não estaria recebendo as criticas que recebe e que e as considera normais. As criticas são importantes e necessárias e ajudam a corrigir rumos. Essa é posição do atual governo.
Quem ocupa um cargo público, já disse isso aqui diversas vezes, tem a obrigação de prestar conta de suas ações. Se preparar para as cobranças e críticas, ter “ o couro grosso”. Agora, acima da ocupação pública, tem o homem, o cidadão, de carne e osso, sangue e emoção que tem todo o direito do mundo para buscar , nos meios legais e pertinentes, os reparos que forem necessários para restaurar o bem que julgue ter sido ferido. E tem um tipo de bem que uma vez atingido não tem reparo legal no mundo que cure: a dor da alma.
O que se verifica, aqui na nossa vila, é que não são poucas as pessoas, letradas ou não, assumidas ou não, que de uma hora para outra, passaram a escrever, nesse meio precioso de comunicação que é o blog, ( um salve a essas salutares iniciativas) contudo, sem os cuidados necessários com o manuseio da informação, que entre outros cuidados, muitas vezes exige o contraditório, ou seja a oitiva do outro lado.
Há vários canais, e vias para que se constate se um fato é verdadeiro ou não; um deles , o próprio “alvo” da informação. Por email, telefone, MSN, pessoalmente e, até por carta! Fácil, fácil. Trata-se de um gesto que não demora, não dói e confere credibilidade a quem, assim age.
A ninguém é garantido descumprir a lei alegando dela não ter conhecimento. Nosso ordenamento jurídico nos garante a liberdade de expressão mas, também prevê medidas que coíbam eventuais abusos, sobretudo quando atenta, não contra o cargo, ou a função, mas contra a imagem e a honra das pessoas e, é isso que tem levado muita gente recorrer à justiça aqui e em muitas partes do Brasil. Isso serve pra mim ou para qualquer um que se aventure a trabalhar com a informação.
Informar, sim, criticar sim ! Denegrir, insinuar, mentir, falsear, desvirtuar a informação não!