Oitenta e três anos, 17 filhos, e uma namorada de 23, o mestre de obras José Carlos Mendes, o Prezado, é o personagem desta quinta-feira.
Quem o ver circulando em Imperatriz numa F-Mil 1989, nem imagina quantas histórias o velho mestre, natural de Rosário, de onde saiu aos 6 anos de idade para morar em São Luis, tem para contar.
Uma delas ele se orgulha: a de ter participado da construção de um marco revolucionário urbano de São Luis: a Ponte São Francisco, iniciada em 1968 e concluída um ano depois. Ele foi empreiteiro da parte de armação ( ferragens) daquela obra, que segundo ele contou com cerca de 500 operários e teve como engenheiro Laércio Cunha , e como supervisor José Reinaldo Tavares , que por não acertar seu nome o chamava de “ Gente Boa”.
Recorda com fidelidade fatos marcantes da construção. Um deles foi um acidente que vitimou fatalmente um dos operários.
Antes, e foi o que lhe credenciou para outras grandes obras, participou da construção de uma ponte de 170 metros em Oeiras (PI)
Anos depois Prezado trouxe sua experiência na construção civil para Imperatriz tendo participado de obras importantes como a construção da galeria da Rua Bom Futuro.
O mestre chama a atenção pela lucidez, vitalidade, e coragem para trabalhar. Levanta sempre às 5h30 da manhã, toma café e vai direto para o campo de trabalho de onde só retorna às 19 horas.
Atualmente presta serviço na construtora Haytec sendo o encarregado geral da parte de drenagem das obras do PAC., da Vila Cafeteira.