Na politicagem usa-se qualquer expediente ou certo objeto popular e escala-se nele uma forma de então alcançar o intento, em suma para criar factóides. Dizer que o time do Cavalo de Aço é a bola da vez é até uma forma “menos ruim” de retratá-lo como uma laranja: alimente-se dela, tira todo o sumo e deixa depois só o bagaço. Na pior das hipóteses, nem se joga numa lixeira, deixa ao relento, no chão mesmo, na sorte de um carro passar por cima e esmagar o já resto do nada. Qualquer objeto popular, neste caso o time de futebol, é usado politicamente é na sequencia descartado. Não era apoio de verdade.
É um engodo dizer que o time fora barrado de utilizar o Estádio Frei Epifânio para um amistoso ou que esteja proibido de utilizá-lo. Existe aí uma clara politicagem sorrateira de confundir as coisas e erros tanto da diretoria do time quanto do administrador do Estádio. Erros até infantis, que devem ser superados.
Da parte da diretoria faltou solicitar o Frei Epifânio com maior antecedência, além de só marcar o amistoso sabendo da disponibilidade do local. Imagina organizar uma festa, divulgar a data, sem antes saber se o espaço estará disponível ou não?! Nenhum evento é superior ao outro ou sobrepõe o outro, pois na prova dos noves, o resultado é mais para interesses pessoais, para um pequeno grupo do que para um coletivo maior, mesmo que seja o esporte em questão.
Da parte da administração do Estádio, faltou saber explicar a situação: que o gramado estava aparado e demarcado para a modalidade society, pois há mais de um mês já havia programado e devidamente reservado a final do torneio do Trabalhador. A forma quase manual de “redermarcar” o campo corresponde a um dia e meio de trabalho, portanto, precisaria de no mínimo dois dias para o gramado ficar pronto para receber o amistoso “profissional”. Que a falha de comunicação sirva de exemplo.
Agora pergunto: custa entender isso?! Custa ter bom-senso para chegar a um acordo sobre isso?! Na chatice teórica que há, gerenciar é saber também, antes de tudo, administrar conflitos. Se o senhor Edvaldo Nunes (administrador do Estádio) e o senhor Carlos Eduardo (presidente do Cavalo de Aço) ficar nessa queda de braço e deixar se levar por emoção, ladeados por politiqueiros (que só alimentam rusgas), em nada, nadinha, contribuem para, neste caso especifico, a melhor propagação do futebol local.
Nesse bojo todo, revelam-se também como alguns profissionais da imprensa são capciosos. A taxa de 10% em jogos amistosos nem é cobrada e isso também, ninguém noticia.
As eleições municipais acontecem no próximo ano, mas é decepcionante saber que ainda exista toda esta orquestração para o insucesso, para o desejo de algo pior.
A imprensa que deveria ser a ponte entre a gestão pública e a sociedade no entendimento das necessidades e demanda, parece insistir na dissonância da informação (os blogs que deveriam ser o grande diferencial no processo da comunicação, incorrem no pedante erro), ou por preguiça de sair em campo para pesquisar e apurar os fatos (pq isso é de um trabalho danado) ou simplesmente por pura bajulação, seja do lado de lá ou do lá de cá. Lembre-se: gestores passam, os serviços ficam.