Secretaria de Saúde realiza Seminário
Mulheres Deficientes na prevenção do Colo de Útero
Doença é a 1ª no ranking maranhense
Graça Dantas, coordenadora do Programa de Saúde da Mulher
Profissionais do Programa de Atenção Integral à Saúde da
Mulher (Paism) participaram, na última sexta-feira (15), do Seminário de Capacitação
para profissionais da Saúde de Imperatriz. O objetivo era prepará-los para o
trabalho de prevenção ao Câncer de Colo de Útero, em especial, em mulheres que
possuem algum tipo de deficiência. O evento foi realizado pela Secretaria
Municipal de Saúde (Semus).
Segundo a coordenadora do Paism Graças Dantas, “o projeto debatido no
Seminário Mulheres Deficientes na prevenção do Colo de Útero é audacioso,
porque o público alvo são pessoas deficientes e os desafios são muitos”.
Já a superintendente regional do grupo Bem Estar Família (Bemfam-MA)
Graça Lima, disse que “é preciso pensar naquelas pessoas que são diferentes da
gente. Garantir a essas pessoas a cidadania, olhando para a inclusão social”.
Brasil
Para o Brasil, no ano de 2012, esperam-se quase 18 mil
novos casos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 17 casos a
cada 100 mil mulheres.
A incidência
do câncer do colo do útero manifesta-se a partir da faixa etária de 20 a 29
anos, aumentando seu risco rapidamente até atingir o pico etário entre 50 e 60
anos. Esse é o tipo de câncer mais freqüentes entre as maranhenses.
O principal fator de risco para o desenvolvimento do
câncer do colo do útero é a infecção pelo
Papiloma Vírus Humano (HPV). Apesar
de ser considerada uma condição necessária, a infecção pelo HPV por si só não
representa uma causa suficiente para o surgimento dessa doença. Além de
aspectos relacionados à própria infecção pelo HPV, outros fatores ligados à
imunidade, à genética e ao comportamento sexual podem influenciar os mecanismos
que determinam a regressão ou a persistência da infecção e também a progressão
para lesões precursoras ou câncer.
A idade também interfere nesse processo, sendo que a
maioria das infecções por HPV em mulheres com menos de 30 anos regride
espontaneamente, ao passo que, acima dessa idade, a persistência é mais
frequente. O tabagismo eleva o risco para o desenvolvimento do câncer do colo
do útero. Esse risco é proporcional ao número de cigarros fumados por dia e
aumenta, sobretudo, quando o ato de fumar é iniciado em idade precoce. Existem
hoje 13 tipos de HPV reconhecidos como oncogênicos pela Agência Internacional
para Pesquisa sobre o Câncer (IARC). Desses, os mais comuns são o HPV16 e o
HPV18.