Guilherme Balza e Rayder Bragon
Do UOL, em Contagem (MG
Do UOL, em Contagem (MG
O réu
Luiz Henrique Romão, o Macarrão, responsabilizou o goleiro Bruno Souza pelo
desaparecimento de Eliza Samudio em depoimento na madrugada desta quinta-feira
(22) no Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte).
O acusado foi interrogado por mais de cinco horas. O júri será retomado às
13h30, com o interrogatório da ré Fernanda de Castro, ex-amante de Bruno.
Segundo Macarrão, em 10 de junho de 2010, Bruno pediu para que
ele levasse a vítima do sítio em Esmeraldas (MG) para um ponto em frente à Toca
da Raposa, centro de treinamento do Cruzeiro na Pampulha, em Belo Horizonte.
Lá, uma pessoa estaria esperando por Eliza para matá-la.
O réu
afirmou sentir um "clima estranho" quando Bruno lhe pediu para que
levasse Eliza, em sua Ecosport. “Eu disse ‘cara, me conta que o tá
acontecendo’”, relata Macarrão. “”Qualquer coisa que acontecer todo mundo vai
me culpar”, teria afirmado ao amigo.
Segundo Macarrão, Bruno respondeu, batendo no peito. “Larga de
ser bundão, é comigo. Aqui é o Bruno”. O acusado diz que tentou argumentar, mas
Bruno não o ouviu. “Eu disse: ‘não nasci para isso, não’”. Na sequência, ele
teria aceitado levar Eliza por ser subordinado a Bruno.
Tô indo sim, como seu funcionário, mas quero que você saiba que
você está acabando com a sua carreira”, relatou Macarrão.
Questionado pela juíza Marixa Fabiane se "pressentia"
que Bruno estava pedindo para levar Eliza com o objetivo de matá-la, Macarrão
respondeu que sim.
Macarrão foi acompanhado por Jorge Rosa, primo de Bruno, menor
de 18 anos, à época dos fatos. Ele disse que, ao chegar no local combinado,
Eliza saiu do carro voluntariamente. De um Pálio preto, que os esperava no
local, saiu uma pessoa, que teria conduzido Eliza.
O réu afirma que não viu o que aconteceu depois, pois saiu do
lugar rápido, por estar assustado, com medo.