Leiam o que escreveu o blogueiro.
Em 2009 funcionários da empresa
Marquise, que fazia a coleta de lixo em Imperatriz, iniciaram um movimento
contra a empresa cearense na cidade. Detentora de um contrato com a prefeitura
avaliado em cerca de R$ 850 mil/mês, a empresa era acusada de humilhar e
destratar funcionários. O caso foi
amplamente divulgado na época e chegou a ser debatido em audiência na Câmara de
Vereadores (VEJA AQUI).
Além disso, parte da população reclamava da
qualidade do serviço. O prefeito Sebastião Madeira, recém eleito, decidiu não
renovar o contrato com a empresa e decidiu fazer uma substituição em regime de
urgência. Firmou então um contrato no valor de R$ 500 mil/mês por um período de
seis meses. As reclamações dos funcionários acabaram e a qualidade na coleta de
lixo melhorou.
O episódio despertou, sabe-se lá por
quais motivos, suspeitas no Ministério Público que decidiu entrar com uma ação
contra o prefeito. E não é que o prefeito foi condenado?
Após férias do titular, a juíza Ana
Lucrécia Reis decidiu que o prefeito de Imperatriz cometeu crime de improbidade
administrativa no caso relatado acima. Além de sugerir a cassação do prefeito,
a juíza ainda aplicou severas multas. Na decisão a juíza chama ainda o prefeito
de Imperatriz de ‘inerte’, ‘omisso’ e ‘inábil’. Além da cassação do
mandato, o prefeito de Imperatriz foi condenado à suspensão dos direitos
políticos pelo prazo de 5 anos, além de ser obrigado a pagar uma multa civil
equivalente a 10 vezes da remuneração que recebe como prefeito da segunda maior
cidade do Maranhão. A atitude pode ser considerada uma acrobacia jurídica
carpada com mortal triplo carpado…
Contudo, nem só de Ana Lucrécia se
fazem as sentenças malucas que atingem a prefeitura de Imperatriz nos últimos
anos. Em entrevista ao blog o prefeito Sebastião Madeira afirmou que atualmente
o executivo municipal da cidade está onerado em cerca de R$ 500 mil/mês por
decisões judiciais. Duas condenações relatadas têm um efeito semelhante ao de
óxido nitroso.
Em uma das condenações a Prefeitura
foi obrigada a comprar um remédio que sequer é feito no Brasil. Se isso parece
um absurdo, imagina ter que garantir um comprimido de Cialis a um paciente.
Cialis, senhores e senhoras, tem o mesmo efeito do famoso Viagra. Isso mesmo!
Um comprimido de Viagra por dia às custas do bolso do contribuinte de
Imperatriz.
Ao ser questionado sobre o que
motivou estas decisões, o prefeito se restringiu a poucas palavras. Disse que
entende a atitude do Ministério Público e preferiu não comentar as decisões.
Sebastião Madeira não quis polemizar para evitar protestar sobre o que está
óbvio.
Vou explanar alguns fatos aqui e
deixar a encargo dos leitores a conclusão sobre eles.
As ações judiciais contra o prefeito
se avolumam após ele ter declarado quem será seu candidato ao governo em 2014.
Ora, passados quase quatro anos depois de sua primeira eleição e após uma
reeleição em que obteve uma das maiores votações na historia recente da cidade,
o prefeito só agora é alvo dessa saraivada de denúncias e condenações?
Além disso, a notícia da condenação
pela juíza Ana Lucrécia Reis foi dada em primeira mão pelo blogueiro Frederico
Luiz. Isso mesmo! Um jornalista ligado aos adversários do prefeito ficou
sabendo da decisão antes da prefeitura e antes dos advogados que cuidavam do
caso. Frederico Luiz é desses blogueiros livres como táxis. Dizem que
atualmente o passageiro é o PCdoB. Além disso, não é conhecido por ser um
investigador ou adivinho. Portanto, causa estranheza a notícia em seu blog.
Pois bem, leitores, estes são fatos
que podem ser checados por qualquer um de vocês. Resta agora a conclusão: o que
vocês acham que acontece? É caso de impeachment do prefeito, ou caso de
denúncia no Conselho Nacional de Justiça?
Ah, ainda cabe recurso da decisão da
“juíza”.