Primeiro foi o advogado, Gustavo Zanneli que
quis ganhar alguns minutos de fama ofendendo preconceituosamente os
maranhenses e o povo nordestino; depois
com o caso de Pedrinhas, veio a mídia
sulista que nos “espancou” sem dó, nem
piedade. Articulista que nunca pisou no
nosso Estado de uma hora para outra, para aparecer, se tornou especialista em
Maranhão passando a destilar doses
cavalares de preconceito.
Depois o comentarista televiso Arnaldo Jabor, apareceu para nos comparar ao Afeganistão, e agora
vem o reacionário e fascista deputado federal Jair Bolsonaro, dizer que a única coisa boa no Maranhão é o presidio
de pedrinhas.
Como maranhense me
sentir profundamente ofendido. Vai
adiantar alguma coisa minha reação?
Talvez, não, mas pelo menos quero deixar registrado minha indignação
como brasileiro, nordestino, nascido no Maranhão.
Sim, temos nossos problemas, nossas dificuldades
como quase todos os Estados do Nordeste, historicamente vítima
de um processo perverso de desenvolvimento regional protagonizado pelo Poder Central que sempre
privilegiou o Sul e o Sudeste, mas isso não é motivo para elementos como o
carioca Jair Bosanário, agredir gratuitamente nosso Estado.
“O senhor se engana deputado, o Presidio de
Pedrinhas não é uma coisa boa para o Maranhão, assim como Bangu não é para o
Rio de Janeiro. Presidio nunca será uma coisa boa, nem aqui nem em qualquer lugar do mundo.
Nosso Estado, tanto a costa como o
interior é bonito. Só na região tocantina abriga pelo menos três dos nove biomas brasileiros. Por aqui aparecem o
Cerrado, Floresta Amazônica,
Matas de Cocais e até mesmo um resquício da Caatinga considerado um bioma
único do Brasil. Nosso subsolo tem ouro, tem gás tem petróleo. Grandes
empresas estão vindo para cá e ajudando a melhorar os indicadores sociais.
Nossa comida? Com sua diversidade, é
uma das melhores e mais apreciadas do País. O povo é trabalhador e como
brasileiro não desiste de lutar por dias melhores.
O senhor, deputado com seus berros agrediu acabou por ofender todo um Estado formada por tipos humanos de
todo o País e de várias partes do Mundo. Um povo bonito,
acolhedor, hospitaleiro, educado que trabalha e ajuda o Brasil
a crescer”
Merecemos, no mínimo um pedido de desculpas.
Entenda o caso
A agressão gratuita do
parlamentar ao nosso Estado, e consequentemente à nossa gente, foi em meio uma entrevista coletiva de imprensa quando este voltava
com seu “samba de uma nota só” : a defesa da pena de morte.
Na entrevista o deputado
jogou no lixo todas as normas
civilidade. Gritou, proferiu palavrões,
e no meio dos xingamentos agrediu o Maranhão.
O vídeo com “ os gritos do
Bolsonaro invadiu as redes sociais. Até agora eu não vi um maranhense que tenha
acessado a peça de um minuto, para não se indignar.
Bolsonaro quer ser o
substituto do deputado Pastor Marcos
Feliciano na Comissão dos Direitos Humanos e ao defender a pena de morte e
ações, como aquela da milícia carioca de
ter capturado e atado um delinquente a um poste, saiu
com essa. “ Na minha comissão esse tipo de minoria não terá vez. E quem não
estiver contente que trabalhe contra
minha chegada à comissão”
No sexto mandato o deputado
se mantém vivo politicamente com a
adoção de posições controversas com a
defesa da ditadura militar, um posicionamento radical contra os gays e os movimentos sociais e por isso tem
enfrentado ao longo do mandato protestos
habituais dos grupos que defendem os direitos dos negros e dos homossexuais.
A Frente Parlamentar dos
Direitos Humanos já se articula para impedir que Jair venha a presidir a famosa
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.