O Globo
A exemplo do que já fez o PT, a Executiva
nacional do PSDB aprovou nesta terça-feira resolução que estabelece que todas
as coligações estaduais terão de ser validadas pelo comando nacional do
partido.
Prevê ainda a possibilidade de intervenção nos
diretórios regionais, se necessário, para garantir alinhamento com o projeto
nacional e apoios à candidatura presidencial do senador Aécio Neves (MG, foto
abaixo).
De acordo com Aécio, que é presidente nacional do
partido e comandou a reunião, a decisão tomada por unanimidade reforça que o
PSDB está unido em torno do projeto nacional, que é a sua candidatura.
— Tomamos uma decisão por unanimidade de que todos
os entendimentos estaduais, para serem validados, terão de passar pela
Executiva nacional. Onde houver candidato ao governo, a questão já está
resolvida, mas onde não houver, a coligação tem que preservar o partido
localmente, mas não pode ser contraditória com o interesse nacional, que é a
prioridade do PSDB — afirmou Aécio.
Segundo o senador, onde o PSDB não tiver candidatos
ao governo estadual, os tucanos terão que atender a duas especificidades:
— Uma delas, a preservação da bancada do partido,
seja nas Assembleias, seja na Câmara Federal ou eventualmente no Senado. E, ao
mesmo tempo, não ser contraditória ao interesse nacional do partido.
O tucano admitiu que poderá dividir palanques em
alguns estados com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também
pré-candidato à Presidência da República, e que isso é até natural em alguns
locais, como Minas Gerais.