Empresa foi multada e
embargada ao retirar areia na Praia do Cacau.
A “farra” das dragas constantemente denunciada pelas pessoas que
trafegam nas proximidades da Ponte Dom Affonso Felippe Gregory, sobre o rio
Tocantins novamente volta a ser combatida. Dessa feita, por dois órgãos da
Prefeitura de Imperatriz: a Superintendência Municipal de Defesa Civil e a
Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente – Sepluma.
A ação dos órgãos governamentais do município vem recebendo a
aprovação de pessoas que diariamente podem comprovar a presença de dezenas de
dragas que aportam sobre as praias do cacau, do Goiás e da Belinha, retirando
areia e seixo das referidas praias. Algumas empresas possuem registro de
exploração, outras agem ilegalmente ao arrepio da lei.
Na manhã da
última terça-feira (1º.) depois de receberem denúncia, técnicos da Defesa civil
e da Sepluma, sob a coordenação do superintendente Francisco das Chagas silva,
o Chico do Planalto e do secretário Richard Seba, respectivamente, estiveram
nas proximidades da foz do riacho Cacau, onde puderam constatar a retirada
ilegal de areia e seixo da Praia do Cacau.
De acordo com
Chico do Planalto, na ação conjunta dos órgãos foram constatadas várias
irregularidades. Entre estas, a retirada da areia de cima da praia e bem nas
proximidades da margem, “mas tão próxima da margem da área do antigo Balneário
Estância do Recreio – BIC, que chega a formar erosões na margem”, asseverou o
superintendente municipal de Defesa Civil.
Conforme explica
Chico do Planalto, essa atividade considerada irregular fez com que a
Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente e a Defesa Civil multassem a
empresa e embargassem a retirada ilegal da areia. “Esse tipo de atividade é
muito prejudicial ao meio ambiente, além de provocar enormes crateras que podem
causar a morte de banhistas no período de veraneio”, explica o superintendente.
Para
o comerciante José de Sousa Silva, residente no estado do Tocantins, estava
passando da hora da Prefeitura de Imperatriz, por intermédio dos órgãos
responsáveis tomar uma atitude contra as empresas que extraem areia irregular
do rio Tocantins. “Não aguentava mais ver essa grande quantidade de dragas
retirando areia do rio causando a derrubada da mata ciliar e formando erosões
na margem do rio”, comenta o microempresário.
Pescador
dos mais antigos dessa região, Messias Silva Costa de Sousa, 62, observa que a
região da ponte Dom Affonso Felippe Grogory, foi uma das mais procuradas pelos
pescadores, em face aos gorgulhos ali existentes e a grande quantidade de peixe
que existia. “Hoje não se pega um peixe sequer, pois eles se mudaram em face ao
barulho provocado pelas dragas dia e noite”, reclama o pescador.
Chico do planalto explica que o prefeito Sebastião
Madeira tem sua preocupação com as questões ambientais, bem como, com a
manutenção das praias. “Ele não é contra as empresas que retiram areia e seixo
do rio porque entende que elas movimentam a construção civil da cidade que
cresce e se desenvolve a cada dia, ele só não aceita que a extração desse
mineral aconteça de força irregular”, justifica. (Domingos Cezar/ASCOM).