Do Conjur.
A aposentadoria do ministro Joaquim
Barbosa (foto) foi publicada na edição dessa quinta-feira
(31/7) do Diário Oficial da União. O decreto concedendo a aposentadoria, a
pedido de Barbosa, é assinado pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da
Justiça José Eduardo Cardozo.
Em maio, ele anunciou que se aposentaria antecipadamente em julho, após
11 anos como ministro da Corte. No mês marcado, chegou a enviar seu pedido de
aposentadoria, mas depois resolveu adiar sua saída e tirou férias. O ministro
tem 59 anos e poderia continuar na corte até a aposentadoria compulsória, em
2024, quando completa 70 anos.
Antes de sair, o ministro marcou para esta sexta-feira (1º/8) a eleição
do novo presidente do STF. A sucessão do comando segue a ordem da antiguidade
no STF. De acordo com o critério, o atual vice-presidente, ministro Ricardo
Lewandowski, deverá ser eleito o próximo presidente e ter como vice, a ministra
Cármen Lúcia.
Joaquim Barbosa estava na presidência do Supremo Tribunal Federal e do
Conselho Nacional de Justiça desde novembro de 2012. O ministro foi indicado à
Suprema Corte em 2003, no mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de comandar o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão,
Joaquim Barbosa colecionou polêmicas com advogados e magistrados durante sua
gestão.
A notícia da aposentadoria de Joaquim
Barbosa, em maio, foi recebida com alívio e indiferença por
advogados e por juízes, que não lamentaram a decisão. Na reunião dos
presidentes das seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil houve até quem
propusesse, no microfone, que a festa programada fosse em homenagem à
aposentadoria do ministro.
Entre juízes, a saída do ministro do STF e do Conselho Nacional de
Justiça também é vista com bons olhos. “A magistratura não sentirá saudades de
Joaquim Barbosa”, disse o então presidente da Associação dos Juízes Federais do
Brasil (Ajufe), Nino Toldo. A expectativa das entidades de magistrados é que
agora volte a existir um diálogo entre as associações e o chefe do Poder
Judiciário, o que não aconteceu na gestão de Joaquim Barbosa.
Leia a íntegra do decreto:
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
DECRETO DE 30 DE JULHO DE 2014
DECRETO DE 30 DE JULHO DE 2014
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe conferem o art.
84, caput, inciso XIV, e art. 101, parágrafo único, da Constituição, tendo em
vista o disposto no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47, de 5 de julho de
2005, e de acordo com o que consta do Processo nº08025.002332/2014-66 do
Ministério da Justiça, resolve
CONCEDER APOSENTADORIA,
a partir de 31 de julho de 2014, a JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES, no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
a partir de 31 de julho de 2014, a JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES, no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Brasília, 30 de julho de 2014; 193o da Independência e 126o da
República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
José Eduardo Cardozo