8/15/2014

A arte de desagradar


 Vez por outra ouço e leio a  seguinte frase: “ Eu não conheço a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar agradar todo mundo”.  Com algumas variações tal frase é atribuída a muitos autores,   no entanto, teria sido realmente dita pela primeira vez pelo comediante americano  Bill Cosby.  Independentemente de quem tenha sido o verdadeiro autor a mencionada frase encerra uma verdade extremamente incisiva: é impossível agradar a todos por mais esforço que se faça.

Essa incapacidade de agradar o mundo se verifica em todas as sociedades.  Sempre haverá um, ou uns descontentes por atos de ação ou de omissão. A diferença é que alguns gritam; outros, por vezes,  preferem o silêncio. 

Os gestores, sejam da iniciativa privada ou do setor público, são os que mais lidam com a “ energia das  insatisfações”.  Por mais esforçados e trabalhadores que possam ser, o enfrentamento à intolerância e à insatisfação é rotina. É assim em Imperatriz,  e em qualquer canto desse imenso planeta.  Vejo isso de perto na gestão do prefeito  Sebastião Madeira.

Em se tratando de Imperatriz constata-se facilmente que a dificuldade para se administrar a cidade é  e,  será sempre inerente a qualquer gestor. Foi assim, para falar nos mais recentes,  com Jomar e  Ildon;  é com madeira, e certamente será com o seu sucessor, que terá a sorte de encontrar uma Prefeitura prontinha para grandes saltos no futuro graças ao  trabalho árduo de organização interna hoje executado por sua gestão.  

É com grande habilidade política que Madeira tem administrado a segunda cidade mais importante do Maranhão e isso  não se faz agradando a todos. Tente um gestor agradar a todos,  aliados ou não, e o fracasso será certo.  Madeira tem feito  o que  é preciso e pode  fazer pela cidade.

Nas três esferas de governo o fluxo é permanente: se ganha e perde-se aliados. Numa gestão, sobretudo municipal, perder um aliado é muito fácil: bastar contrariar seus interesses. Dizer um não, mesmo necessário e legal, nunca é bem vindo e pode romper laços antigos,  e trincar amizades.

Um aumento de salário , pedidos de diárias, pedido de patrocínio e   facilidades burocráticas em órgãos da administração municipal, negados;  o atraso no pagamento de algum fornecedor, o pedido de emprego impossível de ser atendido sem concurso;  a demora na raspagem de uma rua, ou na tapagem de um buraco; e até  o impedimento na transposição de filas , tudo pode contrariar interesses e resultar em rompimento.

Grande parte daqueles, que nesses casos dos “ nãos”,  rompem, na verdade quer resolver mesmo é seus problemas pessoais e não os problemas da cidade. Um bom e habilidoso gestor é obrigado a conviver diariamente com isso, e se não souber, é preciso aprender a dizer não  quando necessário, sob pena de fracassar.

Bill Cosby  tem realmente razão: é impossível agradar a todos.   Foi,  e  sempre será assim.





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