9/05/2014

O estômago e as lágrimas


O estômago e as lágrimas costumam mudar, e  determinar a rota  das coisas.  A história tem demonstrado isso. Nações inteiras   vieram abaixo e outras  erguidas,  e reerguidas pela força das lágrimas e do ronco dos estômagos. 

Pelas lágrimas e pelo estômago surgiram e se sedimentaram ideias, ideais e ideologias. Por elas vieram o fundamentalismo e as guerras. A força das Lágrimas e do estômago gerou vida, mas também mortes. 
Por vezes as lágrimas ganham mais importância do que o estômago. Não importa  o fato gerador; se falsas ou verdadeiras,  lágrimas costumam provocar reações diversas, seja individual, ou coletivamente.

O Brasil acaba de testemunhar mais uma vez a capacidade das lágrimas de mudarem o rumo das coisas, no caso em questão, a disputa pela Presidência da República.  Os milhões de litros de lágrimas que irrigaram o túmulo de Eduardo Campos, morto no dia 13 de agosto, num desastre aéreo, deram forças para o renascimento do projeto  de Marina Silva  virar presidente. Por enquanto ela aparece como a provável adversária da presidente  Dilma   num cada vez mais presente segundo turno.

Sem querer tirar os méritos de Marina as lágrimas pela morte de Campos foram determinantes para que ela saísse do camarim e viesse para o palco e apareça como alternativa para um Brasil em recessão técnica  “crescimento negativo”, emperrado na burocrática e ineficiente máquina estatal, como explicam os economistas. Uma alternativa que num primeiro momento soa mais como uma nova experiência para um Brasil cansado de arranjos e experimentos.
Atendo-me mais às lágrimas o grande problema é que elas podem nos enganar, {os marqueteiros sabem disso}   e motivar às escolhas que  redundem  em mais lágrimas lá na frente.  Não lágrimas de alegria, mas de arrependimento.  No atual momento nacional não podemos  nos “entregar ao luxo” de permitir que a emoção sufoque a razão.

Não resta dúvida  de  que há  um preço alto  demais a se pagar, hoje e amanhã, por um escolha ruim  quando  a questão é o destino do Brasil dos próximos anos.  

Embora tenhamos mais de 500 anos somos muito frágeis. Nossa economia ainda é dominada pelo capital volátil  e nossa jovem democracia  é ameaçada o tempo todo. Diria que diante de outras nações  ainda  andamos segurando  nas paredes e isso é preocupante.

O País precisa deixar de se segurar nas paredes. Mudar,  isso é um fato, é preciso, mas não motivados pelas lágrimas que podem facilmente  nos induzir a erro,  ou  por aquelas  geradas das pranchetas dos criativos marqueteiros  com a dirigida intenção de nos enganar.

O momento é o da razão se sobrepor à emoção e nesse pensamento vejo  o já experimentado e testado  Aécio Neves como o timoneiro que  reúne  as condições necessárias para conduzir um projeto real de nação.

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