O
esforço do parlamentar para a criação de mais uma instituição
de ensino superior no sul do Estado vem desde o tempo de
deputado federal
O Maranhão é um dos poucos Estados
do Nordeste a contar apenas com uma universidade federal. Estados como a
Bahia, Paraíba e Pernambuco têm mais de uma. Para fortalecer o ensino superior
no País o Governo Federal anunciou que em 2018 pretende instituir pelo menos
mais cinco novas federais. Esse anúncio
deixou animado o senador Roberto Rocha (PSDB) que desde quando era deputado federal luta para criar uma nova instituição de ensino
público para atender principalmente às
necessidades dos estudantes do cone sul
do Estado.
No exercício de deputado
federal Roberto Rocha chegou a
apresentar o projeto da criação da Universidade Federal do Maranhão do Sul
(UFMASUL) contudo, a conjuntura política da época não permitiu a
votação e a aprovação do projeto. Já senador no ano passado o parlamentar
reapresentou, com modificações. O
projeto agora, segundo o parlamentar tem grandes chances de virar realidade.
Para o senador o fato de o
Maranhão contar com apenas uma Universidade Federal limita o acesso dos estudantes
maranhenses ao ensino superior gratuito de qualidade. Ele avalia que além de ampliar a oportunidade
de acesso, a criação de uma instituição de ensino superior é sempre um importante fator de desenvolvimento de um
povo com influência direta no combate às desigualdades regionais, que é um dos
objetivos da República.
Com sede e foro no município
de Imperatriz, de acordo com o projeto em tramitação no Congresso Nacional, a
nova Iesma primará, afora o fim específico do ensino, pesquisa e extensão, pela promoção ações que priorizem as vocações
e necessidades educacionais desse lado do Estado
Na justificativa do projeto
o senador Roberto Rocha ressalta que Corredor Centro-Norte, formado pelos estados
do Maranhão e Tocantins, centro-sul do Piauí, sudeste do Pará e nordeste do
Mato Grosso, experimentou um crescimento vertiginoso, nos últimos anos, na
produção de grãos e a Companhia Nacional de Abastecimento projeta manutenção da
curva ascendente de produção. Contudo, concorrendo com o dinamismo do setor
produtivo, o Poder Público não tem demonstrado similar consistência na provisão
de meios para fortalecer as vocações produtivas locais e gerar alternativas em
modelos de produção sustentáveis.
Para o parlamentar maranhense além da precariedade dos equipamentos
de transporte e a indisponibilidade energética que propicie diferencial
competitivo para o adensamento da cadeia produtiva local, a distância e a
precariedade de acesso a importantes centros de conhecimento condenam a região
a práticas exploratórias por vezes inadequadas mesmo para regiões de ocupação
consolidada.
Essas questões, segundo ele, seriam mais bem
equacionadas a partir da geração e difusão de informações de âmbito local e do
desenvolvimento e acesso ao conhecimento tecnológico.
“Sabemos dos reiterados esforços da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em atender a demanda local, mas existe
um descompasso entre a região já bem classificada como Maranhão do Sul e a
Capital São Luis, inclusive por questões geográficas e vocação territorial,
pois hoje o setor produtivo se concentra nessa região que não é amparada com os
recursos necessários para esse desenvolvimento, inclusive na questão acadêmica
de formação de jovens talentos que contribuirão ainda mais pra o
desenvolvimento local” ponderou o senador.
Roberto Rocha conclui a argumentação ressaltando
ser “ a educação a maior política desenvolvimentista que um Governo pode
adotar para a sua gente. Isso é ainda mais verdadeiro quando se considera o
descompasso do dinamismo empresarial com a ausência estatal em áreas de
ocupação tardia, carentes de toda a sorte de serviços especializados” (final do
texto)