A
Polícia Civil do Maranhão fielmente desempenha, na base do improviso, um bom
trabalho, defendendo a sociedade dos criminosos, e o Estado, por sua vez,
abandona, despreza, renega, humilha e desvaloriza a categoria com salários
desproporcionais e não condizentes com o ingresso de nível superior dentro do
Sistema de Segurança Pública.
Além
dos desprezos citados, some-se a isso um dado triste. Mais de 40 policiais
civis morreram neste governo, sem alcançar a valorização prometida. Quando
fazemos referência ao termo “prometida” é para lembrar que, depois do período
eleitoral de 2014, o governador Flávio Dino (PCdoB), que inclusive esteve no
Sinpol-MA fazendo campanha, se distanciou do sindicato e passou a viver no
gabinete, enviando emissários para “dialogar” com a direção sindical. E, como
se isto já não bastasse, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de
Segurança Pública (SSP), tem tentado, a todo custo, implantar um clima de
perseguição e medo na forma de gerir a Polícia Civil.
A
cada dia que passa, a classe vem se entristecendo por conta das desilusões
encontradas, das promessas não cumpridas e pelo desrespeito as entidades
representativas de classe. Apesar dos percalços na sua caminhada, independente
das condições de tempo ou de lugar, o policial civil cumpre a árdua missão de
proteger o cidadão.
Mesmo
sucateada, a Polícia Civil tem prestado relevantes serviços à sociedade,
fazendo um exitoso esforço de combate à violência no Maranhão. Podemos provar
isso em números. Em 2018, a Superintendência de Estado de Repreensão ao
Narcotráfico (Senarc) apreendeu, aproximadamente, 780 kg de maconha; 30 kg de
crack; 9 kg de cocaína; e 0,05 kg de pasta base. Além disso, a Polícia Civil
apreendeu mais de 20 armas e efetuou mais de 100 prisões.
Infelizmente,
os caminhos tortuosos e espinhosos seguidos pelos policiais civis parecem ser
intransponíveis e intermináveis. O Governo do Estado deve valorizar os
servidores da Segurança Pública, respeitando-os na vida e na morte.
(SIMPOL)