Sem uma base segura no Congresso e com a
necessidade de aprovar a reforma da Previdência e o pacote anticrime, o
presidente Jair Bolsonaro se reuniu com
líderes políticos e se comprometeu com a nomeação de cargos no segundo escalão
nos estados por indicação dos deputados e com a liberação de emendas sem
contingenciamento. Os deputados reclamam do difícil acesso ao Executivo e da
concentração no novato PSL de cargos importantes, como as lideranças do governo
na Câmara e no Congresso e a presidência da CCJ. (Folha)
Enquanto
corteja outros partidos, Bolsonaro procura isolar no
PSL a ala ligada ao presidente da legenda, Luciano Bivar, acusado de
envolvimento com candidaturas laranja para desvio de verbas. (Folha)
Deputados
da própria base governista deixam claro que a reforma da Previdência não vai
passar do jeito que veio do Executivo. Entre outras flexibilizações, eles
pretendem mexer nas novas regras
para aposentadoria rural. Os parlamentares rejeitam a cobrança
mínima de R$ 600 por ano aos agricultores, que hoje pagam de acordo com a venda
de sua produção. Apesar desse movimento, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni,
acredita que a reforma seja aprovada até junho.
(Folha)
Um ponto
da reforma promete provocar reações no funcionalismo: a limitação das
gratificações hoje incorporadas aos benefícios. Pelas regras
atuais, os servidores se aposentam com o último salário da ativa, incluindo
essas gratificações. O texto no Congresso também busca impedir que os salários
sejam inflados no fim da carreira para aumentar a aposentadoria. A medida
atinge principalmente os funcionários de estados e municípios. (Globo)
Escalado
pelo pai para
defender a reforma nas redes, Carlos Bolsonaro, foi alvo de ataques por
internautas. Mais da metade das respostas ao vídeo que postou sobre o tema foi
negativa, revela Mônica Bergamo. (Folha)