4/04/2023

LIVRO UNIVERSO ABERTO É LANÇADO NA CIDADE DE JOÃO LISBOA

 

Por iniciativa do Clube de Leitura  da Biblioteca Maria Firmina dos Reis, da cidade de João Lisboa (MA) e intermédio da socióloga Maria Natividade Silva, o livro Universo Aberto (crônica e contos reunidos) de nossa autoria  foi lançado naquela cidade no último sábado, 01 de abril.

O livro, embora lançado ano passado,  ainda rende convites, e iniciativas, como o que partiu da  cidade de João Lisboa

 Na ocasião, para celebrar o momento, proferi as seguintes palavras;

 


A fala do autor,

 

Ei-la

 

Não há como as palavras iniciais não serem de gratidão.  Obrigado ao Clube de Leitura da Biblioteca Maria Firmina dos Reis, na pessoa da professora Maria Natividade, por tão singela oportunidade de apresentar nosso livro.

Não sei o nome de todo mundo, mas fica o agradecimento a todos que direta, e indiretamente, contribuíram para a realização deste evento.

Gratidão aos confrades da Academia Imperatrizense de Letras (AIL) que deixaram suas casas em um dia de sábado, lá em Imperatriz, para nos prestigiar.

Gratidão aos familiares que também vieram!!

Conforme me ensinou uma amiga aqui presente, a doutora Liana Melo, recebo tudo com amor e devolvo com gratidão.

Sobre Universo Aberto, o nome é autoexplicativo a obra é nosso primeiro livro solo. Antes, só havia participado de antologias, e publicado nas páginas do Jornal O Progresso e nas redes sociais. Trata-se de um livro feito com muito carinho.  Poderia configurá-lo como um livro metafórico concebido a partir da exploração dos nossos cinco identificados e   conhecidos sentidos.  Desconfio que somos dotados de mais uns três, ainda não catalogados (rss),  por meios dos quais é possível interagir com o mundo ao nosso redor, num movimento de troca, afinal, somos todos um.

 Desde ontem fiquei a imaginar o que aqui falaria, além do exercício da gratidão. Já no finalzinho do dia, no exercício de interação com os sentidos, compreendi que seria interessante falar sobre o movimento das palavras. Os cientistas já descobriram que vivemos num mundo sistêmico onde tudo vibra e se comunica. Com a palavra não seria diferente. Em qualquer formato, ela é vibracional.

Poderosa é a palavra, até no silêncio. Uma palavra mata, mas também salva. Desperta sentimentos, de amor e ódio, de construção e destruição.  Desperta amor, e devoção e até mesmo a ingratidão.

Na história da humanidade são assinaladas diversas revoluções, as quais mudaram ou influenciaram sobremaneira a caminhada do homem sobre a Terra.  A cognitiva, a agrícola, a científica, a revolução industrial, para citar algumas. No entanto, e conversava sobre isso recentemente com o confrade Ribamar Silva, no meu entendimento a revolução mais importante que ocorreu no mundo teve início quando   integrantes de alguns grupamentos humanos, numa visível tentativa de contar uma história, fizeram isso a partir de inscrições nas paredes das rochas e cavernas. Aqui mesmo, na nossa região, em Carolina, já foram encontradas algumas dessas inscrições que hoje atraem turistas e estudiosos de várias partes do mundo. Quantas histórias não estão ali encerradas, não é mesmo?

O País está cheio desses achados!  Acredito que foi a parti daí, do exercício dos registros dos feitos nas rochas, e do exercício da compreensão daquilo ali grafado,  que surgiram os primeiros escritores e os primeiros leitores, e o mundo não parou mais.

A humanidade passou a ser conduzida pelo verbo, ou seja, a palavra em suas múltiplas versões ou interpretações.

 Hoje fala-se muito em tráfico de drogas, mas a história registra que já houve trafico de palavras.  Muitas palavras incendiárias, nascidas da oralidade e inquietações humanas, ganharam o mundo costuradas em casacos, fardas de soldados e outros esconderijos.  Isso aconteceu muito no movimento pela emancipação dos nossos irmãos negros nos Estados Unidos.

A palavra mata, mas também salva.

Mas, aqui estamos nós hoje longe das cavernas, no entanto, de alguma maneira tentando, por meio da poesia, do conto, da crônica, registrar nossa história na expectativa de que esta encontre eco a partir de alguém que se interesse por ela,  tente decifrá-la,  e a partir disso, quem sabe também escrever e contar a sua.

Muito já foi dito sobre a palavra nos diversos gêneros literários. Mas quero encerrar evocando a verdadeira poesia que é a abertura do evangelho de João. Ali é retratado um pouco do poder dessa palavra que hoje manejamos a partir do que falamos, do que escrevemos, do que ouvimos e do que lemos.

No começo aquele que é a palavra já existia. Ele estava com Deus e era Deus. Desde o princípio, a palavra estava com Deus. Por meio da palavra Deus fez todas as coisas, e nada do que existe foi feito sem ela.

A palavra era fonte da vida, essa vida trouxe a luz para todas as pessoas.

Como disse ao longo dessa nossa fala, uma palavra mata, mas também salva e que mesmo no silêncio ela exala e distribui poder, conforme é possível se extrair do texto sagrado, escrito há mais de dois mil anos.

Que a palavra, a boa palavra seja sempre cultivada, e fonte de vida, seja em  qual for o formato, e que mude o mundo, mude para melhor.

Muito obrigado!!

 

 

 

 

 

 

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