Hugo Passos, advogado |
Do plenário virtual à inteligência
artificial, a tese de doutoramento do maranhense Hugo Assis Passos, professor
da UEMA e candidato à vaga de desembargador pelo quinto constitucional, analisa
os caminhos traçados até hoje pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para melhorar
a prestação jurisdicional e fazer valer o princípio da razoável duração do
processo.
Entre os fundamentos do
trabalho o professor analisa historicamente os avanços trazidos pela Emenda
Constitucional 45/2004 (reforma do judiciário) que trouxe a adoção do Instituto
da Repercussão Geral, que como consequência passou a exigir alguns critérios de
admissibilidade, em sede de STF, dos recursos extraordinários (RE), ou seja, relevância
jurídica, econômica, social e política.
Hugo Passos analisa ainda a importância do Plenário Virtual, a inserção do
processo eletrônico até chegar ao Projeto Victor.
O Victor é uma parceria entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Universidade de Brasília (UnB) que consiste na aplicação de um IA para resolver ou mitigar os desafios pertinentes a uma maior eficiência celeridade processuais.
A princípio, pelo que se
sabe, o projeto foi concebido para
auxiliar Suprema Corte Brasileira na análise dos recursos extraordinários de
todo o Brasil, notadamente quanto a sua classificação em temas de repercussão geral,
objeto da tese de doutorado do professor Hugo Passos
transformada na recomendável obra...
Inteligência artificial e a repercussão geral
da questão constitucional: análise critica de parâmetros de utilização.
O nome do projeto é uma
homenagem a Victor Nunes Leal, ministro do STF de 1960 a 1969, autor da obra
Coronelismo, Enxada e Voto e principal responsável pela sistematização da
jurisprudência do STF em súmula, o que facilitou a aplicação dos precedentes
judiciais aos recursos