4/29/2011

Secretária de saúde apresenta ações da SEMUS em audiência pública na Câmara Municipal


Direção do HM pede recursos para atender à grande demanda recebida pelo hospital diariamente

            A Secretária Municipal de Saúde (Semus), Conceição de Maria Madeira, apresentou de maneira clara e objetiva a real situação em que se encontra a saúde pública no município, durante audiência pública realizada na manhã de ontem (28). Deputados estaduais, federais, vereadores e profissionais da área ouviram e ficaram cientes da necessidade de uma mobilização plena para encontrar a solução do problema.

            Já o diretor do Hospital Municipal, médico Alysson Mota foi enfático ao declarar que “as projeções indicam que teremos um verdadeiro colapso, caso não haja uma união entre os políticos, principalmente os deputados estaduais e federais visando buscar recursos para este município”. O diretor do HM deixou bem claro, apresentando documentos em vídeo, que a situação é mais complexa do que se imagina, “razão porque precisamos do apoio de todos”.

            A audiência pública coordenada pelo presidente da Comissão de Saúde, Educação, Assistência Social, Cultura, Lazer e Turismo, Rildo de Oliveira Amaral, foi prestigiada pelo deputado federal Francisco Escórcio, pelos deputados estaduais Antonio Pereira, Valéria Macedo e Antonio de Pádua, o Dr. Pádua, este último, presidente da Comissão de Saúde da Asssembleia Legislativa do Estado. Também participaram promotores públicos e secretários de saúde de municípios vizinhos.

            Autor do pedido da realização da audiência, o vereador Francisco das Chagas Alves de Brito, o Chagão (PT) disse reconhecer as dificuldades vividas na saúde local, principalmente nos hospitais do município (adulto e infantil) em função da grande demanda de pacientes oriundos de outras cidades da região tocantina e dos estados do Pará e Tocantins. “Daí a necessidade desse debate, para que possamos, juntos, encontrar uma solução para esse problema”.

            A secretária municipal de saúde, Conceição Madeira lembrou, inicialmente, que a saúde pública no Brasil é um desafio nacional e apresentou às pessoas presentes à audiência, recorte de jornal noticiando sérios problemas do setor de saúde, em Brasília. “Em Imperatriz, temos dezenas de programas de saúde nas mais diversas especialidades, e temos feito de tudo para realizar um atendimento humanizado e eficaz nos hospitais e postos de saúde do município”.

            Conceição Madeira destacou os avanços no setor na administração do prefeito Sebastião Madeira. Entre as ações ela lembrou a recuperação e melhoramentos nos postos de saúde no Camaçari, bairro Ouro Verde, além da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro São José. A secretária observou que no HM foram instaladas salas climatizadas para o atendimento urológico, além de melhorias em todos os setores dos hospitais (adulto e infantil).

            A titular da Semus informou que atualmente mantém uma parceria com a Faculdade Imperatriz (Facimp) visando realizar operações em pessoas com fissura labial, procedimento este utilizado principalmente em crianças. Pra finalizar sua participação, Conceição madeira apresentou num telão a situação em que encontrou as instalações físicas do hospital municipal, bem como, as visíveis transformações em função da recuperação de todos os setores, a partir da recepção.

   “Os recursos que recebemos são os mesmos de 4 anos atrás”
      
   Ao usar a palavra, o diretor Alysson Mota lembrou que, não obstante o grande aumento na demanda, os recursos recebidos pela Secretaria Municipal de Saúde para manter todo essa estrutura são os mesmos de 4 anos atrás. Para Mota os investimentos feitos na atual administração nas instalações do HM “foram necessários para que pudéssemos ter um mínimo de qualidade”, disse, lembrando que várias reformas evitam contaminação em determinados setores.
        
    Alysson Mota observou que o HM de Imperatriz não poder ser visto como um hospital municipal, mas como um hospital regional e de referência. “Temos profissionais altamente capacitados, mas faltam-nos os recursos necessários para que possamos prestar o atendimento que desejamos”. O diretor acrescentou que “quanto mais se investe, mas aumenta a demanda, uma vez que somos o único hospital na região que tratamos de casos de média e alta complexidade”.
            
 De acordo com Alysson Mota, o atendimento que era um pouco superior a 10 mil passou a uma média mensal de 13.119 e a projeção indica que subirá para 15.746 atendimento/mês. Revelou ainda, que o HM realiza uma média mensal de 513 cirurgias, 9.331 exames laboratoriais, além do fornecimento de 60.584 refeições ao mês. O diretor garantiu que o HM possui 326 leitos em pleno funcionamento, com 123 médicos prestando o devido atendimento à população. “Desta forma, se não tivermos uma mudança radical teremos dificuldades em resolver esse problema”.
          
  O diretor do HM revelou que algumas cidades da região que eram referências em média complexidade se desarticularam e com isso aumentou ainda mais a demanda de doentes para Imperatriz. “Há um volume muito grande de pacientes que poderiam estar sendo tratados em suas cidades”, lamentou Mota, revelando que uma pesquisa recente apontou que, pelo menos, 50% dos pacientes do hospital municipal, “são oriundos de outros municípios”, concluiu.
           
Saúde de Imperatriz abrange uma população   estimada de 1.800.000, revela médico



Por sua vez, o superintendente do Sistema de Regulação do Município (SISREG), médico Irisnaldo Félix, iniciou sua breve palestra lembrando que Imperatriz possui uma população de 247.553 habitantes, mas a área de abrangência da saúde atende a uma população estimada em 1.800.000. De acordo com Félix esta abrangência se dá sobre 6 municípios do estado do Pará; 8 do Tocantins e 49 municípios da região tocantina.
            
Irisnaldo Félix revelou ainda, que no ano de 2007, a saúde de Imperatriz recebia R$ 4.500.000,00 e agora em 2011, quatro anos depois, a Secretaria Municipal de Saúde recebe R$ 4.300.000,00. “Ou seja, a demanda de paciente dobrou nos últimos anos, enquanto o recurso diminuiu”, observou. Diante das explicações, os deputados estaduais e federais, que não conheciam a real situação da saúde se disseram sensibilizados e garantiram prestar uma atenção especial para esse setor em Imperatriz.
           
           
                

Postagem em destaque

Salário de concurso público aberto chega a R$ 27,5 mil no ES

--> Salário é para as 50 vagas para juiz do Tribunal Regional Federal. Outros dois concursos estão abertos com salários de até R$ ...