Para evitar constrangimentos, não há intermediário
no local
Dando continuidade às ações do Projeto Preservativo Livre Acesso, a
Secretaria Municipal de Saúde (Semus), através da coordenação do DST AIDS,
implantou no Quartel da Polícia Militar, na manhã desta quarta feira (1º),
equipamento dispensador de preservativos que disponibiliza preservativos para
toda população.
O objeto suspenso fica em local de livre acesso aos usuários,
com a finalidade de aumentar o número de pessoas abastecidas com os
contraceptivos. O evento aconteceu no auditório da corporação e contou com a
presença dos militares, comandados pelo tenente coronel Edeilson Carvalho e da
equipe da Secretaria de Saúde, coordenada por Venúzia Milhomem.
O projeto “Preservativo Livre Acesso” foi lançado em Imperatriz em 2010.
Na ocasião, foram contemplados o 50º Batalhão de Infantaria de Selva (50º Bis),
a Universidade Estadual do Maranhão (Uema), a Universidade Federal do Maranhão
(Ufma) e a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para a Mulher.
Recentemente, o Corpo de Bombeiros foi agregado ao projeto. Em todos esses
locais foram instalados o Porta Preservativo, que é um display, onde o usuário
chega e pega seu preservativo, sem se identificar e sem vinculação a nenhum
documento.
Esse sistema é acionado para facilitar a iniciativa do usuário que,
muitas vezes, querendo ou não, tem dificuldade, principalmente nos órgãos onde
trabalha e nos postos médicos para pedir o preservativo. O display, então, fica
disponível em local estratégico. As pessoas têm livre acesso no quantitativo
que ele necessitar. “Nós hoje estamos disponibilizando três mil preservativos
por mês no 50º BIS. Começamos com mil unidades e fomos aumentando
gradativamente. É feito o controle rigoroso, todo mês eles entregam uma
planilha com todo o processo desenvolvido”, afirma a coordenadora do programa
DST/AIDS do município, Venúzia Milhomem.
Por enquanto, o trabalho está sendo desenvolvido em instituições
governamentais, mas a proposta é alcançar também as empresas privadas,
principalmente as de grande porte, onde há a necessidade de se disponibilizar o
preservativo. A ação educativa, como é realizada na Polícia Militar, é feita
com o objetivo de conscientizar o usuário da importância do uso do
preservativo, mostrando os dados epidemiológicos do Brasil, do Maranhão e de
Imperatriz.
Segundo Venúzia Milhomem, “é muito importante trabalhar para que as
pessoas presentes nessas ações sejam multiplicadoras na questão da prevenção,
porque nós sabemos que, em termos de enfrentamento das DST’s e AIDS, o uso do
preservativo é o que nós temos como ferramenta”.
População
O uso do preservativo é algo que envolve questões comportamentais. “Não
basta apenas termos o insumo disponibilizado, não basta apenas o governo
garantir o insumo, é preciso que a população tenha consciência do uso do
preservativo, porque é uma questão comportamental: o fato de você pegar não
garante que você vai usar”, enfatiza Venúzia Milhomem. Segundo ela, “é por isso
que tem que se trabalhar muito na questão das palestras, das ações educativas
para que as pessoas tenham essa consciência”.
A exemplo do carnaval, quando, “infelizmente a gente ainda vê pessoas
fazendo balão do preservativo, inclusive, com grande falta de consciência,
porque esse preservativo é pago pelos nossos impostos, nos níveis federal,
estadual e municipal, então é muito importante valorizar esta ação, porque este
também é um recurso da população”, afirma a coordenadora do DST/AIDS.
É muito importante valorizar o uso do preservativo, porque o crescimento
do número de casos de AIDS é notório. Mensalmente são detectados, em média, 4%
de positividade das pessoas que fazem teste. É crescente também o número de
casos de gestantes detectadas com o vírus da AIDS e, nesse sentido, ela precisa
fazer todo o tratamento pré-natal específico, para evitar que o bebê nasça com
o vírus.
A amplitude dessa ação da Semus é
muito ampla. Prova disso é que, além de todas as questões esclarecedoras e
efetivas, as pessoas que visitam as instituições podem também ter acesso aos
preservativos sem preconceito, sem discriminação, com facilitação e, ao
mesmo tempo, servem para quebrar os desafios relacionados ao acesso aos meios
de prevenção. (Comunicação)