Proposta de
Conciliação ganha corpo para a implantação da nova jornada
A tentativa de
paralisar as atividades das escolas municipais de Imperatriz através de uma
greve geral, convocada por uma entidade que se reivindica representante da
categoria de educadores, fracassa mediante a possibilidade de conciliação
apresentada pela Associação de Gestores de Escolas do Município, Associação dos
Servidores Públicos Municipais e Conselho Municipal de Educação.
Sem adesão da
categoria, a manifestação que tava agendada para as 09 horas da manhã de
segunda-feira, 25 de fevereiro, não conseguiu deslanchar, aglutinando pouco
mais de 80 pessoas, entre dirigentes sindicais, professores do Estado e
militantes políticos, vinculado a dois vereadores dos quatro que compareceram
no manifesto.
No discurso os
sindicalistas demonstraram insatisfação com o documento distribuído por
entidades da educação, que segundo eles, serviu para desmobilizar a greve, e
com a posta de isenção do desconto da Contribuição Sindical para servidores
públicos, preconizada na Instrução Normativa 01, de 14 de janeiro de 2013, do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Os grevistas não
pautaram a possibilidade de pagamento de hora extra para as horas de trabalho
que serão reduzidas em razão da nova carga horária decidida pelo Supremo como
também ignoraram o direito de os professores receberem a gratificação CET
(Condição Especial de Trabalho) proporcional à dilatação do turno.
A direção do
movimento, por razões óbvias, não se reportou ao novo índice de reajuste do MEC
referente a aluno ano, fixado em 7,28%, muito aquém da expectativa dos
grevistas.
“Nós
continuamos entendendo que a melhor saída para o professor, nesse momento, é
uma negociação que atenda aqueles pontos publicados na Carta, tais como a
redução da jornada com pagamento de hora extra para cada hora reduzida, o
aumento do valor do CET de acordo com o tempo de trabalho do professor em sala
e a liberação do FGTS das ações judiciais transitadas em julgado. Vamos
defender o diálogo e conquistar tudo isso, até porque o prefeito e o secretário
de Educação já demonstraram interesse em solucionar o problema”, enfatizou a
professora Cleomar Conceição, da direção da Associação dos Gestores das Escolas
Municipais, bastante otimista com o resultado do manifesto dos professores de
Imperatriz apresentado na Carta.
O
secretário de Educação, Zesiel Ribeiro, fez questão de salientar que o
Município de Imperatriz, através da Semed, da Ouvidoria Geral e de outros
setores do Governo desde o ano passado, vem adotando as providências para
concretizar a redução da carga horária.
“Fizemos concurso,
levantamos as deficiências do quadro de profissionais do magistério e
autorizamos o chamamento de centenas de professores. Quem adota essas
providências não estar brincando. Agora, com a possibilidade de dialogar com
setores da Educação que estão desejosos numa saída pacífica, acredito que vamos
dá uma acelerada no processo de implantação da nova jornada”, destacou Zesiel
Ribeiro.
DADOS
No final da tarde
de ontem, os dados levantados pela Secretaria Municipal da Educação revelaram
que das 154 escolas municipais apenas três parcialmente foram afetada pela
paralisação. Na zona rural, o movimento simplesmente passou despercebido.